No final de dezembro de 2021, a fragata da Frota do Pacífico Marechal Shaposhnikov realizou os primeiros testes bem-sucedidos do novo sistema de mísseis antissubmarinos “Otvet” (cujo nome, do russo, significa "resposta"). O míssil atingiu com sucesso um alvo submarino no Mar do Japão.
O sistema foi desenvolvido para ser instalado nas fragatas mais poderosas do país, da classe Almirante Grigorovich e Almirante Gorshkov, bem como nas corvetas estacionadas no Mar Negro.
O sistema "Otvet" é composto por quatro partes: um novo míssil de cruzeiro, uma plataforma de lançamento, uma estação hidroacústica que pode localizar submarinos e um computador que calcula as coordenadas do alvo e a trajetória de voo.
“Este é o primeiro míssil de cruzeiro russo que solta no início do voo e depois mergulha na água em busca de submarinos”, diz o editor-chefe da revista especializada "Arsenal da Pátria", Víktor Murakhôvski.
O novo míssil recebe informações sobre alvos subaquáticos das estações hidroacústicas, aviões e sonares.
Após o mergulho, o míssil rastreia alvos por meio de uma ogiva teleguiada e é capaz de localizar todos os submarinos modernos, entre eles atômicos, diesel-elétricos e de classe pequena.
“Existem poucas maneiras de enganar esse projétil, como lançar alvos falsos que imitam sons de submarinos ou usar pequenas bombas submarinas que explodem no caminho de míssil", explica Murakhôvski.
O novo míssil não é a arma mais devastadora e poderosa do mercado. É um projétil de pequeno porte com uma ogiva que contém entre 50 e 60 quilos de componentes explosivos. Isso é o suficiente para destruir um submarino com um golpe direto, mas não é suficiente para danificá-lo se o míssil explodir a 50 metros.
O comando militar russo não revelou as características oficiais da nova arma, mas sabe-se que a versão de exportação deste míssil poderá atingir submarinos a uma distância de até 50 quilômetros. Assim, analistas militares supõem que a "versão doméstica” terá alcance de até 100 km.
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