Tecnologia esquecida: Kalinin K-7, o ‘Titanic’ voador da União Soviética

John Bern/youtube.com
Bombardeiro superpesado foi projetado no início dos anos 1930.

Uma das criações mais importantes do projetista Kalinin, o bombardeiro K-7 nasceu no período entre guerras, e acabou sem participar de nenhum conflito.

Titã voador da URSS

Sua asa era gigantesca, com 53 metros de envergadura (quase a mesma de um moderno bombardeiro norte-americano Boeing B-52) e 454 metros quadrados de superfície, à qual era acoplada uma nacela inclinada que alojava a cabine de voo para o piloto e navegador, bem como espaço para um artilheiro e um bombardeiro. Seis motores Mikulin AM-34F, refrigerados a água, foram incorporados à borda dianteira da asa.

Gigante bem armado

O armamento do titã voador era composto por seis metralhadoras ShKAS de 7,62 mm e uma carga de até 9.000 kg de bombas. Na versão para uso civil, que, segundo seus projetistas, poderia transportar cerca de 120 passageiros, os assentos foram dispostos em espaços de 2,30 m de largura em cada uma das asas.

Destino fatídico

O K-7 realizou seu voo inaugural em 21 de agosto de 1933, mas, como no caso do transatlântico Titanic, sua glória seria de curta duração. Em 21 de novembro daquele ano, a aeronave caiu devido a uma falha estrutural, resultando na morte das 14 pessoas a bordo e outra pessoa em solo.

O projeto foi cancelado em 1935, antes que pudesse ser concluído.

Poderia ter mudado os rumos da 2ª Guerra?

É difícil responder a essa pergunta, especialmente porque sua baixa velocidade e tamanho avantajado o tornariam um alvo perfeito para os caças alemães e a artilharia antiaérea.

Hoje em dia, para se ter uma ideia de como seria ver esse gigante dos céus voando, os entusiastas têm que se conformar com uma maquete.

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