No início dos anos 1970, os engenheiros da empresa Tsniitochmash criaram a primeira submetralhadora subaquática soviética, intitulada AG-026. A arma foi desenvolvida especialmente para mergulhadores que trabalhavam em submarinos nucleares.
"A operação automática da metralhadora se baseia no recuo do parafuso livre e leve que está ligado aos volantes giratórios maciços. A cápsula é dividida pelo atacante", explica um representante oficial Tsniitochmash.
A metralhadora era alimentada por um carregador cujos cartuchos eram colocados em uma fita fechada. "A metralhadora automática podia funcionar sob a água a até dez metros de profundidade. A velocidade das balas debaixo d'água excede a velocidade do som e é de quase 365 metros por segundo", diz.
Essa arma, de calibre de 5,66x39 mm, dispara munições finas, criadas para perfurar água e ter alcance efetivo maior.
A metralhadora é grande e pesada: pesa quase cinco quilos, tem cano de 585 milímetros de comprimento e 135 milímetros de largura com a caixa.
"Metralhadoras com canos longos que disparam munições finas podem atingir alvos a dezenas de metros debaixo d'água", explica o professor da Academia das Ciência Militares, Vadim Koziúlin.
"Essas armas foram originalmente projetadas para mergulhadores que patrulhavam navios ou submarinos de sabotadores inimigos, que podiam minar o fundo e afundar o navio", diz.
A AG-026 foi criada durante a Guerra Fria principalmente para as tripulações dos submarinos próximos das fronteiras da Otan na frota do Báltico e na frota do Mar Negro.
"Antes do colapso da União Soviética, milhares de navios militares eram protegidos dia e noite. Mas, hoje, a situação é diferente, e a produção em massa de armas desse tipo se tornou desnecessária para a Rússia", diz Koziúlin.
Algumas unidades da AG-026 estão em uso na Marinha russa até hoje, mas, em geral, essas metralhadoras foram substituídas por armas de pequeno porte.
"Hoje, a frota submarina está armada com fuzis submarinos APS especiais que desempenham funções semelhantes, mas tem dimensões reduzidas, são ergonômicos e mais fáceis de fabricar", explica Koziúlin.
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