Venezuela é primeiro país latino-americano a receber vacina russa contra coronavírus

Screenshot do Twitter
Rússia entregou primeiro lote de Sputnik V a Caracas em 2 de outubro. Maduro declarou que venezuelanos participarão da terceira fase de testes.

Em 2 de outubro, a Venezuela recebeu o primeiro lote da vacina russa contra a covid-19 Sputnik V, de acordo com a vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez.

"Somos o primeiro país do hemisfério ocidental a fazer parte dos estudos da primeira vacina registrada para conter a pandemia", disse Rodríguez em reunião com o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreasa, o ministro da Saúde, Carlos Alvorado, e o encarregado de negócios da Embaixada da Rússia, Aleksêi Bessédin.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, confirmou que o país participará da terceira fase de testes da vacina russa.

O Fundo Russo de Investimento Direto, que financiou a criação da vacina e negociou sua exportação, informou que "a vacinação de voluntários na Venezuela começará nos próximos dias", segundo a agência Interfax.

Assim, a Venezuela será o primeiro país latino-americano a iniciar os ensaios clínicos da vacina Sputnik V, que foi registrada na Rússia após a segunda fase de testes — a qual contou com a participação de 2 mil voluntários.

Os primeiros resultados da terceira fase de testes na Rússia, que envolve 40 mil pessoas, serão publicados entre outubro e novembro, segundo o Fundo Russo de Investimento Direto.

A Sputnik V é a primeira vacina contra o coronavírus registrada no mundo. Desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, ela usa um vírus portador que entrega o gene do coronavírus nas células, onde se inicia a síntese de proteínas e a resposta imunológica à doença.

O Fundo Russo de Investimento Direto já recebeu solicitações para a vacina de mais de 50 países do mundo. Anteriormente, o fundo anunciou acordos com parceiros no México para o fornecimento de 32 milhões de doses, com o Brasil para a entrega de 50 milhões de doses, com a Índia para 100 milhões de doses, com o Uzbequistão para 35 milhões de doses e com o Nepal para 25 milhões de doses.

LEIA TAMBÉM: O que sabemos sobre a vacina Sputnik V conforme publicado no “The Lancet”

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