Na última sexta-feira (21), no salão de armas Armiya-2020, realizado na região de Moscoua fábrica de armamentos russos Kalashnikov apresentou seu mais recente fuzil de assalto: o AK-19, criado para utilizar cartuchos da Otan de calibre de 5,56x45 mm.
O AK-19 é criado com base no fuzil de assalto AK-12, usado pelo exército russo desde 2018.
Segundo Vladímir Onokoi, porta-voz da Kalashnikov, a empresa testou durante os últimos anos os novos fuzis de assalto no exército para entender todas as suas deficiências e o que os usuários esperavam dele, criando assim uma arma que satisfizesse os reais interesses de seus clientes.
“As munições de calibre de 5,56x45 mm são as mais populares do mundo. Assim, o fuzil AK-19 abre acesso aos mercados de centenas de países que usam fuzis da Otan. Agora, podemos oferecer também nossas armas, que são mais confiáveis e estão no mesmo nível daquelas, em termos de ergonomia", declarou Onokoi.
A maioria das características técnicas do AK-12 e do AK-19 são semelhantes. Ambos os fuzis são projetados para operar em alcances de até 250 a 300 metros, mas eles são equipados com munições diferentes.
No entanto, na versão para o mercado estrangeiro, a empresa Kalashnikov equipou o fuzil com uma nova coronha dobrável, que pode ser ajustada dependendo do comprimento da arma do atirador.
"Ele tem um desenho completamente diferente: é mais leve e esteticamente agradável, com uma ampla gama de ajustes", disse Onokoi.
O AK-19 tem recuo reduzido, em comparação com o AK-12, e permite ajustar a mira traseira e a barra de mira aos padrões da Otan.
"Queremos que nossas armas sejam compatíveis não apenas com as munições dos exércitos estrangeiros, mas também com seus sistemas de mira", declarou o porta-voz da Kalashnikov.
O AK-19 também é equipado com um silenciador e com um compensador que desempenha as funções de um freio de boca e reduz o recuo. "O AK-19 é uma arma universal, que pode ser equipada com qualquer tipo de silenciador estrangeiro de remoção rápida", disse Onokoi.
Vantagens obscuras
A fábrica não esclarece, porém, quais são as vantagens do novo AK-19 em relação aos fuzis alemães H&K 416 ou aos FN SCAR belgas.
"As nossas armas são mais confiáveis que as dos nossos concorrentes. E a experiência mostra que quanto mais rigorosas as condições de teste e o clima no país do potencial cliente, mais chances temos de vencer um leilão", disse Onokoi.
Segundo ele, a tarefa principal do Kalashnikov era "eliminar as deficiências" e melhorar a ergonomia da arma, chegando ao nível dos concorrentes alemães e belgas.
"Além disso, os fuzis AK são mais leves e mais baratos, além de terem ergonomia e precisão de fogo comparáveis às de nossos concorrentes", completou.
Segundo especialistas militares, o principal objetivo do novo AK-19 é conquistar os mercados de armas dos países do Oriente Médio, atualmente dominados por fabricantes de fuzis de assalto americanos e europeus.
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