Lançamento de atualização de míssil interceptor russo antibalístico
SputnikO Ministério da Defesa russo realizou testes do novo míssil A-135 Amur para o sistema balístico localizado na região de Moscou.
Os A-135 poderão ser armados com ogivas nucleares ou convencionais e são projetados para eliminar simultaneamente dezenas de alvos aéreos que consigam transpor outras barreiras de defesa antiaérea russa, segundo especialistas militares.
O novo míssil deve substituir os soviéticos PRS-1, em operação nas Forças Antiaéreas russas desde 1979.
Os novos mísseis terão o mesmo tamanho dos PRS-1, mas receberão novos equipamentos radioeletrônicos e motores que levam a velocidades hipersônicas (até 3,2 km/s ou cerca de 14.500 km/h).
As novas tecnologias usadas na produção dos A-135 também permitirão interceptar todos os tipos de ataque aéreo, inclusive os de mísseis balísticos intercontinentais, mísseis de cruzeiro, bombardeiros de quinta geração etc.
A screenshot from a video provided by the Russian Defense Ministry
Ministério da Defesa da RússiaA maior parte das caraterísticas técnicas da nova arma é secreta. De acordo com fontes independentes, os novos motores do A-135 poderiam levar à eliminação de alvos a uma distância de até 800 km e a altitudes entre 5 e 70 quilômetros. A carga nuclear será de 10 quilotoneladas.
O novo míssil será incluído no sistema de alerta antecipado para mísseis balísticos com um alcance circular de até 6 mil quilômetros.
"Qualquer sinal de alerta é transmitido para a sede da defesa antimíssil e à estação de radar Don-2N, na região de Moscou, que apoia os mísseis antibalísticos. A decisão de como neutralizar os alvos aéreos será tomada imediatamente”, explica o analista militar da agência de notícias russa Tass, Víktor Litóvkin.
Segundo ele, o radar Don-2N avisa todas as unidades de defesa aérea localizadas na região de Moscou: mísseis A-135 Amur, sistemas de defesa antiaérea S-400 Triumf e Pántsir-S1.
"Os céus de Moscou também são protegidos pelos caças Sukhoi Su-30SM, Su-35, MiG-29 e MiG-31. Estes aviões estão localizados não apenas nos arredores de Moscou, mas também nas regiões vizinhas", explica Litóvkin.
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