Depois das tentativas da China e dos Estados Unidos, a Rússia acaba de lançar a usina nuclear flutuante Akademik Lomonossov, com potência de 70 megawatts.
Construído pela estatal Rosatom, a estrutura zarpou de São Petersburgo antes de passar pela costa da Noruega a caminho de Murmansk, onde será abastecida e então rebocada para o seu próximo destino: a região autônoma de Tchukotka, no Extremo Oriente Russo. O reator acabará no Ártico, perto da cidade de Pevek, onde deverá fornecer energia para uma usina de dessalinização de água e plataformas de petróleo.
A construção da estrutura começou em 2009 e, segundo diferentes fontes, estima-se que tenham sido gastos cerca de US$ 232 milhões. A Rosatom planejava inicialmente reabastecer o reator em São Petersburgo, mas alguns países do Báltico, junto com a ONG internacional Greenpeace, se opuseram à ideia, e Murmansk foi selecionada.
O Greenpeace também alertou para os perigos de uma usina nuclear flutuante, referindo-se à estrutura como um potencial “pesadelo” ou um “Chernobyl” flutuante. A Rosatom, porém, insiste que todas as medidas de segurança no reator flutuante são de última geração, tornando-o “praticamente insensível a danos”.
A Akademik Lomonossov foi equipada com dois reatores KLT-40S e irá gerar até 70MW de energia, o que, pelas estimativas modernas, é bastante baixo. Alguns porta-aviões dos EUA possuem até 700MW.
A estrutura flutuante da Rússia, que irá substituir a obsoleta usina nuclear de Bilíbinskaia e a hidrelétrica de Tchúnskaia, vai começar a operar a partir de 2019.
A primeira usina nuclear flutuante foi a norte-americana MH-1A, da década de 1960. Desativado em 2014, o reator de água pressurizada fazia parte de um grupo maior do programa do Exército dos EUA, encarregado de levar energia para áreas remotas.
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