O mercado de aperfeiçoamento biônico, junto com os de inteligência artificial blockchain, é uma das grandes promessas no futuro – o mercado de exoesqueleto robótico deve chegar a US$ 4,65 bilhões até 2026.
Empresas dos EUA, como Ekso Bionics, HAL Cyberdyne, ReWalk e Indego, já oferecem exoesqueletos para ajudar pessoas com lesões na coluna a andar. Porém, os desenvolvedores do ExoAtlet, de Moscou, acreditam que sua criação oferece aos pacientes uma vantagem sobre a concorrência.
“Nossas soluções técnicas permitem que o paciente ande com um exoesqueleto o mais próximo possível de uma pessoa comum, o que é importante para restaurar a capacidade natural”, disse a cofundadora da ExoAtlet, Ekaterina Berezi, ao Russia Beyond.
A equipe da ExoAtlet desenvolveu novos métodos de reabilitação para pacientes com lesões na medula espinhal, após derrame, ou que sofram de esclerose múltipla.
Sucesso inicial e expansão
A empresa já abriu um escritório na Coreia do Sul, e, no segundo semestre de 2018, planeja expandir para outros países asiáticos e EUA.
Até agora, a empresa teve uma experiência positiva na Coreia do Sul e, após receber a certificação, um total de oito exoesqueletos foram vendidos em apenas um mês. No segundo semestre de 2018, a startup abrirá escritórios no Japão e na China e venderá exoesqueletos em Cingapura, Malásia, Tailândia e Vietnã.
De acordo com Joe Young, CEO da ExoAtlet Ásia, o mercado asiático presenciará um rápido desenvolvimento em robótica de reabilitação durante a próxima década. “Planejamos vender exoesqueletos para clínicas e indivíduos particulares”, diz Yong.
De olho na América Latina
Nos EUA, a startup russa vai abrir um escritório em Washington D.C., onde dará início a ensaios clínicos em hospitais locais. Quando os testes forem concluídos, o ExoAtlet solicitará a certificação do FDA (agência reguladora de produtos alimentícios e farmacêuticos nos EUA). Esse processo, no entanto, pode levar até dois anos. O preço no mercado norte-americano será definido após pesquisa de mercado.
“Alguns hospitais grandes nos EUA estão interessados, e o próximo passo é encontrar pacientes e preparar o cronograma da pesquisa”, disse Berezi. “Há uma grande concentração de potenciais parceiros médicos na costa leste em Filadélfia, Boston, Nova York e Washington. Além disso, estamos de olho no Texas e na Califórnia. ”
Os desenvolvedores do exoesqueleto esperam que a aprovação do FDA também abra o acesso a outros mercados, como a América Latina.
O ExoAtlet surgiu em 2011, por uma iniciativa do Ministério para Situações de Emergência da Rússia para ajudar a resgatar pessoas em incêndios, além de movimentar cargas pesadas. As primeiras versões possibilitaram que uma pessoa comum levantasse até 200 quilos. Em 2013, a equipe decidiu iniciar o desenvolvimento de um exoesqueleto para fins médicos.
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