Crescimento da economia registrado no último mês se deve, sobretudo, a investimentos estrangeiros. Foto: AP
De acordo com os dados da Escola Superior da Economia da Rússia, o PIB da Rússia diminuiu 3,7% no primeiro semestre de 2015. “Até o final do ano, a queda econômica vai se desacelerar, e, em 2016, a economia começará a se recuperar”, diz a análise divulgada pela instituição de ensino.
Prova disso seria o mais recente estudo da Academia Presidencial da Economia Nacional e Administração Pública da Rússia, que se refere a junho passado como “uma guinada na crise atual da economia russa”.
No período citado, a queda de indicadores importantes foi desacelerada. Esse é o caso das indústrias, cujo declínio diminuiu de 5,5% em maio para 4,8% em junho, e da taxa de emprego, que se mantém estável em 5,5% há dois meses.
Para a diretora do departamento de pesquisas da CBRE, Valentina Gavrílova, o último trimestre de 2015 será particularmente bem-sucedido devido ao aumento sazonal da demanda das matérias-primas e à diminuição das taxas de juros.
Mas, apesar da tendência positiva registrada recentemente, nem todos os economistas acreditam que essa dinâmica será mantida. “O declínio dos investimentos, a contração do semestreescola Elizaveta Belúguina, analista da corretora .
“Se os preços do petróleo permanecerem em torno de US$ 60 por barril, e, nos próximos meses, eles vão ser ainda menores, o orçamento russo estará em um situação bem complicada, e o governo não conseguirá garantir o crescimento do PIB.”
Esperança de fora
O crescimento da economia registrado no último mês se deve, sobretudo, a investimentos estrangeiros. “Os investidores ocidentais pararam de prestar muita atenção aos riscos provocados pelos confrontos geopolíticos após a integração da Crimeia”, diz Aleksandr Abramov, um dos nomes à frente da Academia Presidencial.
Porém, em médio prazo, a expectativa é que os investidores retornem aos mercados desenvolvidos. “O aumento do risco de mais desvalorização do rublo, a instabilidade macroeconômica, o endurecimento das sanções e a pressão política sobre os investidores podem gerar uma nova onda de vendas de ativos”, diz Abramov.
A ideia é que os investidores, já interessados na experiência chinesa, prefiram os mercados desenvolvidos devido à melhor dinâmica apresentadas nessas regiões.
“Aos olhos dos maiores fundos internacionais, o mercado russo não tem vantagens sobre os mercados dos EUA e da Europa. A participação dos títulos russos em fundos globais não excede os 2%”, aponta Gueórgui Vaschenko, gestor na empresa de investimentos Freedom Finance.
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