1. Palácio de Livadia
O imperador Alexandre 2º (1818-1881) foi o primeiro monarca russo a explorar a pitoresca Livadia, na costa sul da Crimeia. Em 1861, ele comprou uma propriedade ali e construiu o Grande Palácio como presente para sua esposa. Mais tarde, nesse assentamento foram erguidos diversos palácios reais para os herdeiros do trono russo. No entanto, apenas um desses palácios sobreviveu até hoje — o mais novo, erguido por ordem pessoal do último imperador russo Nicolau 2º em 1910. Este era o lugar preferido do monarca, que costumava visitar Livadia com sua família uma ou duas vezes por ano.
O palácio foi construído da pedra branca extraída em Inkerman, na Crimeia, no estilo das vilas renascentistas italianas, com um pátio, galerias e varandas abertas e decoração esculpida.
O edifício já era muito moderno: tinha aquecimento central, telefone e até elevador. O esquema de iluminação também era avançado para a época. O teto da sala de jantar cerimonial não tinha lustres — em vez disso, o arquiteto escondeu mais de 300 luzes em todo o perímetro da sala.
Foi justamente o Palácio de Livadia que sediou a Conferência de Ialta, entre os líderes dos Países Aliados, em fevereiro de 1945. Hoje, há um museu ali.
Medalhões com as iniciais da família Romanov sobreviveram no local, junto com uma enorme porta de entrada e um piano de cauda alemão branco que as filhas de Nicolau 2° tocavam. Uma rota turística, o Caminho do Tsar, passa pelo terreno da propriedade, proporcionando cerca de seis quilômetros de vistas pitorescas do Mar Negro e de Ialta.
2. Palácio de Massandra
Massandra é um dos lugares mais bonitos da costa sul da Crimeia, com suas rochas imponentes, grutas, fontes de águas naturais e cachoeiras.
Depois que a região se tornou parte do Império Russo, em 1783, a imperatriz Catarina 2ª deu a propriedade de Massandra de presente para o aristocrata francês Karl Heinrich von Nassau-Siegen.
Na segunda metade do século 19, Massandra tornou-se propriedade do governador geral da Crimeia, o conde Vorontsov. Em 1789, seu filho, o príncipe Semion Vorontsov, iniciou a construção do palácio de Massandra.
Em 1889, o palácio inacabado foi comprado por 85 mil rublos pelo imperador Alexandre 3º, que também morreu antes que a construção fosse concluída. Seu filho, Nicolau 2º, terminou o palácio em homenagem ao pai.
Nenhum membro da dinastia Romanov jamais passou uma única noite no palácio, que era usado apenas para visitas curtas durante viagens de caça ou idas à Igreja da Decapitação de João Batista, construída no início do século 19 e demolida após a revolução. Nessa época, o palácio foi nacionalizado e virou residência de verão de Stálin e outros líderes da URSS. Hoje, é um museu.
3. “Ninho de andorinha”
Um dos pontos turísticos mais conhecidos da Crimeia é um castelo pseudogótico em um penhasco íngreme de 40 metros no vilarejo de Gaspra.
O primeiro — pequeno — edifício neste local foi construído em 1889 pelo médico Adalbert Tobin, que trabalhava no hospital imperial de Livadia. Quase que imediatamente, os autores de guias da Crimeia o apelidaram de “Ninho da Andorinha”. Mas ele só adquiriu sua aparência atual em 1912 sob um novo proprietário, o comerciante moscovita Serguêi Rakhmanov.
Após a revolução, o edifício foi abandonado. Mais tarde, na época da URSS, funcionou como sala de leitura e como um restaurante. Hoje em dia, o castelo restaurado se tornou um museu.
4. Palácio Iussúpov em Koreiz
Este luxuoso palácio perto de Ialta foi construído pelo príncipe Féliks Iussúpov, representante de uma das famílias mais ricas do Império Russo.
O seu aspecto arquitetônico é eclético em estilo neoislâmico (ou neomourisco). Discretos, os aristocratas Iussúpov adoravam visitar este palácio para admirar a costa sul da Crimeia. Ali ocorreu, por exemplo, o noivado do filho de Féliks com a sobrinha do imperador russo, Irina. Após a revolução, a família fugiu para este palácio e dali emigrou para sempre.
Depois da Guerra Civil, os bolcheviques saquearam e nacionalizaram o palácio. Os líderes do Partido Comunista começaram a usá-lo para passar férias. Hoje, o edifício pertence à administração presidencial da Rússia.
5. Palácio Vorontsov em Alupka
O primeiro proprietário deste palácio foi o governador-geral da região de Novorossisk, o conde Mikhail Vorontsov. Ele encomendou o projeto de sua residência de verão ao arquiteto britânico Edward Blore, que havia participado da construção do Palácio de Buckingham.
A construção do Palácio Vorontsov levou quase 20 anos. O seu aspecto arquitetônico combina diferentes estilos e épocas: de um lado é um castelo medieval inglês; do outro é um palácio mourisco com torres que parecem minaretes. O edifício foi erguido de pedra diabásio, incomum para a região.
Os interiores de meados do século 19 foram preservados sem qualquer alteração e, hoje em dia, o palácio funciona como um museu.
6. Palácio de Cã em Bakhtchisarai
O palácio Khan-Sarai, traduzido da língua persa literalmente como Palácio do Cã, é o mais incomum da Crimeia, mas lembra a rica história da península. Foi construído em meados do século 16 pelo cã Sahib 1º Giray da Crimeia. Na época, o Canato da Crimeia estava subordinado ao Império Otomano, e o palácio era o centro da vida política, onde questões relevantes eram definidas.
Esta antiga residência dos cãs da Crimeia é o único monumento da arquitetura tártara da região que sobreviveu até hoje.
Quando as tropas russas conquistaram a cidade de Bakhtchisarai durante a Guerra Russo-Turca, o palácio foi quase destruído, mas os russos o reconstruíram e, posteriormente, a imperatriz Catarina 2ª, a Grande, e outros monarcas visitaram ou viveram no palácio. Atualmente, este local abriga o Museu de História e Cultura dos Tártaros da Crimeia.
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