Que tipos de tubarões são encontrados na costa da Rússia?

Super Bomba (CC BY-SA 2.0)
Tanto no Oceano Ártico como no Pacífico, há várias espécies de tubarões rodando o país.

Algumas das espécies de tubarões que habitam as águas próximas à Rússia são:

Tubarão-da-Groenlândia (Somniosus microcephalus)

É uma das espécies mais comuns nas águas árticas e subárticas do norte da Rússia, sobretudo nos mares de Barents e de Kara. É uma das maiores espécies de tubarão, medindo entre seis e sete metros de comprimento.

Espécime de tubarão-da-Groenlândia na oficina de um taxidermista

Sua dieta se baseia principalmente em peixes, lulas e mamíferos marinhos, como focas e morsas. No entanto, conforme descrito no estudo “Tubarões juvenis da Groenlândia Somniosus microcephalus”, ao fazer uma autópsia de alguns tubarões-da-Groenlândia, foram encontrados em seus estômagos restos de rena, cavalos e até mesmo partes de um urso polar.

Os tubarões-da-Groenlândia são os vertebrados que vivem por mais tempo no planeta, com uma expectativa de vida de quase 500 anos.

Tubarão-dorminhoco-do-pacífico (Somniosus pacificus)

Esta espécie é encontrada nas águas do Ártico e do Pacífico Norte, incluindo áreas próximas à costa russa. Em geral, tem pouco mais de quatro metros de comprimento, porém acredita-se que possa atingir até sete metros.

Alimenta-se sugando e dilacerando as presas. Com sua boca grande, pode sugar as presas e cortar qualquer uma que seja grande demais para engolir. A dieta desta espécie só é conhecida no Alasca, onde a maior parte de alimenta de polvo gigante. Também são conhecidos por consumir peixes teleósteos do fundo do mar, outros peixes e crustáceos e até caramujos marinhos. Espécimes maiores podem capturar nadadores ágeis, como lulas, salmões e botos.

Tubarão-salmão (Lamna ditropis)

Vive em águas geladas e é encontrado no Oceano Pacífico, incluindo a região dos mares de Okhotsk e de Bering, que faz fronteira com a Rússia.

O tamanho máximo comprovado para esta espécie é de 3,05 metros e pouco mais de 450 quilos. Existem duas citações sobre espécimes maiores — medindo 3,70 metros e 4,30 metros —, mas ainda não foram comprovadas.

Esta espécie possui sangue quente graças a um sistema de troca de calor presente em suas guelras. Esta característica faz deste tubarão uma “máquina cartilaginosa perfeita”, com músculos e capacidade de reação maiores que qualquer tubarão.

Fragmento de mandíbulas e coluna vertebral de tubarão-salmão (Lamna ditropis) no Museu de Ciências da FEFU

Tubarão-peregrino ou tubarão-frade (Cetorhinus maximus)

Embora seja mais comum em águas mais ocidentais, como o Atlântico Norte, é ocasionalmente encontrado nas águas do norte do Oceano Pacífico, perto da costa russa.

É o segundo maior peixe do mundo, depois do tubarão-baleia, atingindo 10 metros de comprimento e quatro toneladas de peso.

O tubarão-frade é um animal que se alimenta passivamente, filtrando zooplâncton, pequenos peixes e invertebrados a um ritmo de 2.000 toneladas de água por hora.

Esses tubarões são animais gregários (vivem em bandos) e formam segregações diferenciadas por sexo, geralmente em pequenos grupos de três ou quatro indivíduos — embora, às vezes, tenham sido observados até 100 tubarões-frade nadando juntos.

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