1. A Sibéria é um país à parte
Vamos começar com o que a Sibéria realmente é. Trata-se de uma região geográfica vasta, que cobre uma área de mais de 13,1 milhões de quilômetros quadrados. Estende-se da cordilheira dos Urais, no oeste, até a costa do Oceano Pacífico, no leste. A Sibéria faz parte da Rússia desde o século 16, quando os russos conquistaram as terras a leste dos Urais, graças ao comandante cossaco Ermak. Como a Sibéria não é um país, estado, ou sequer uma entidade administrativa, não há fronteiras definidas. O rio Ienissei parte a Sibéria em ocidental e oriental. Esta última é historicamente chamada de Extremo Oriente russo.
Já houve, porém, um antigo estado turco – o Canato de Sibir, no território da atual Sibéria. Era mais antigo que a Rússia, mas acabou sendo absorvido e destruído no século 16.
2. A Sibéria é um deserto
A Sibéria compreende uma área tão vasta que tem muitos tipos de terreno – deserto polar no extremo norte, estepes e florestas de folhas largas no sul, mas a maior parte é coberta de taiga – a típica floresta de neve composta por pinheiros, abetos e lariços.
No entanto, é verdade que há um pedaço de terreno desértico na Sibéria. As Areias de Tchara estão localizadas no leste, cercadas por taiga e pântanos, mas sua área é pequena: 50 km2.
3. Não há verão na Sibéria
Claro que há verão na Sibéria – mas em diferentes partes, há certas peculiaridades. No norte da região, o verão é bem curto, variando de um mês a uma semana. Mas as estepes do sul desfrutam de um verão quente de três meses. As regiões mais ao norte do território de Krasnoiarsk têm inverno o ano todo, e em Iakutsk, o permafrost nunca derrete, nem no verão.
4. Sibéria é lugar de exílio
Já foi, mas não é mais. A partir do século 17, as duras condições de vida na Sibéria, juntamente com as necessidades da Rússia de desenvolver e colonizar ainda mais a região, transformaram as cidades siberianas em um local de exílio para muitos condenados. Tobolsk, por exemplo, foi a região onde o escritor Fiódor Dostoiévski cumpriu sua pena. Nos tempos soviéticos, os campos de prisioneiros do sistema Gulag brotaram em muitas partes da Sibéria.
No entanto, a chave para o crescimento industrial e urbano da Sibéria são seus recursos naturais – a terra siberiana abriga a maioria dos recursos subterrâneos valiosos da Rússia, como carvão, ouro, cobre, diamantes etc. Historicamente, a Sibéria abriga importantes fábricas e usinas; os rios siberianos alimentam cinco das usinas hidrelétricas mais poderosas do país.
Desde o fim do Gulag, a Sibéria não está mais associada ao exílio, mas a seu poder industrial.
5. A Sibéria é o lugar mais frio da Terra
O lugar mais frio da Terra é, na verdade, o Planalto Antártico Oriental, situado fora da Rússia. No entanto, os siberianos também vivem em condições polares extremas, embora até corram maratonas a -50°C. Ah, e o lugar mais frio da Rússia está, sim, localizado na Sibéria.
6. A Sibéria é uma floresta densa
A maior parte, mas não totalmente. Mas a Sibéria tem floresta suficiente para que os incêndios florestais se tornem um problema, algo que ocorre anualmente. Cerca de 2,6 milhões de quilômetros quadrados, ou 51% da Sibéria, são cobertos por vegetação densa. Mas as florestas siberianas são até habitáveis, como conta a história de um morador de Krasnoiarsk.
7. Ninguém vive na Sibéria
Por incrível que pareça, as pessoas que vivem na Sibéria representam 25% da população russa – há mais de 37 milhões de pessoas em toda a região. A densidade da população russa é distribuída de forma desigual – cerca de 68% das pessoas vivem na parte europeia do país, que representa apenas 20% de todo o território da Rússia.
Embora muitos possam se perguntar por que os russos vivem em um ambiente tão inóspito, como a maior parte da Sibéria, há certas vantagens de viver nesta região – acredite ou não!
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