A maioria dos expatriados vive nas cidades mais movimentadas do país, Moscou e São Petersburgo
Reuters“Sempre um desafio, infinitamente estimulante e supercompensador.” É assim que a Expat Explorer, a ferramenta interativa criada pelo banco britânico HSBC para avaliar diferentes destinos, define a vida de expatriado, independentemente do país escolhido.
A Rússia não é a pior delas, contudo. A economia em crescimento do país oferece oportunidades lucrativas e nichos para empresários ambiciosos.
Não há estatísticas oficiais (leia-se, confiáveis) de quantos cidadãos estrangeiros vivem e trabalham na Rússia, mas, tendo em conta o número de multinacionais e restaurantes e bares especializados em expatriados em Moscou, esse índice não pode ser baixo. Tem vontade de se juntar a eles? Aqui estão as respostas a 7 perguntas que qualquer estrangeiro provavelmente tem antes de tomar uma decisão tão importante.
1. Em que setor posso encontrar trabalho?
Em geral, expatriados na Rússia ocupam posições que requerem profissionais altamente qualificados, entre eles gestores sênior. Há demanda por estrangeiros em setores como construção, tecnologia da informação, engenharia, transportes e ensino.
Além disso, há oportunidades em organizações humanitárias, missões diplomáticas e empresas internacionais com filiais no país. A obtenção de um emprego em determinado ramo pode, no entanto, ser difícil porque as vagas abertas são, muitas vezes, preenchidas com candidatos locais ou internos. Outras opções são trabalhar como tradutor freelance, babá, ou professor de inglês.
Embora existam muitos sites de busca de emprego em russo, aqui estão alguns links úteis em inglês para quem quiser começar a procura: Headhunter, XpatJobs, InJob.
2. Preciso de uma autorização de trabalho?
A contratação de trabalhadores estrangeiros é estritamente regulamentada pelo governo, portanto, sim, é preciso ter autorização de trabalho para se instalar no país.
As exceções incluem estrangeiros com permissões de residência permanente ou temporária, estudantes, funcionários acadêmicos, jornalistas credenciados, diplomatas e funcionários de algumas organizações humanitárias.
Além disso, cidadãos dos países-membros da União Eurasiática (Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão e Armênia) são livres para viver e trabalhar na Rússia.
Para obter uma licença de trabalho padrão, a contratante deve possuir uma licença que lhe permita contratar estrangeiros. A empresa pode entrar com o pedido de autorização de trabalho em seu nome, depois de assinar o contrato. Já o contratado, terá que enviar todos os documentos necessários, incluindo diplomas educacionais ou certificados profissionais (com a devida tradução juramentada).
Caso o processo seja bem-sucedido, o empregador enviará uma carta-convite ao futuro funcionário – que deve ser usada para obtenção do visto. Ao chegar à Rússia, o contratado poderá coletar sua autorização de trabalho no próprio emprego.
3. Tenho que ser fluente em russo?
Um bom conhecimento do idioma russo irá ajudá-lo muito – não apenas na sua interação com os locais, mas também na busca de um emprego. Você terá muito mais chance de encontrar uma posição se for altamente qualificado e falar russo. Além disso, a maioria das pessoas em Moscou e em todo o país não falam outros idiomas, de modo que o russo facilitará sua adaptação no país.
Para quem quer estudar russo antes de se aventurar nos sites de emprego, há diversas escolas de idioma por todo o país, além de cursos on-line que podem ser acessados de qualquer lugar.
4. Como é a semana de trabalho na Rússia?
Assim como na maioria dos países (incluindo Brasil), os russos costumam trabalhar 40 horas semanais (de segunda a sexta-feira). O empregador pode definir os horários, embora, geralmente, o padrão seja das 9h00 às 18h00, ou das 10h00 às 19h00.
5. Quais benefícios são oferecidos?
Além dos 28 dias de férias remuneradas, alguns empregos também oferecem plano de saúde particular, e ajuda com os custos de transporte e telefonia móvel. No caso de expatriados, o empregador também costuma ajudá-los a encontrar moradia, escola de idioma e outros fatores para que o funcionário possa se estabelecer na cidade.
6. Qual é o custo de vida em Moscou?
Moscou deixou de ser a cidade mais cara da Europa. Em 2017, a capital russa ficou em 14º lugar na pesquisa do custo de vida da Mercer.
É claro que vai depender das necessidades pessoais, mas a vida em Moscou pode ser acessível para quem estiver preparado para se adaptar ao estilo de vida local. O custo de moradia pode ser alto, mas os gastos com comida, transporte e entretenimento são bem razoáveis. Confira aqui a lista de potenciais gastos compilada pelo Expatistan.
7. Existe uma comunidade de expatriados na capital?
Sim, e a comunidade é bem grande! Nas últimas duas décadas, surgiu uma nova indústria para expatriados. Em cidades movimentadas do país, como Moscou e São Petersburgo, onde a maioria dos estrangeiros se instalaram, há muitos cafés, restaurantes e clubes que atendem às necessidades e gostos de pessoas que chegaram de fora.
Para quem não conhece ninguém no país, vale a pena checar InterNations, a comunidade de expatriados de Moscou no Facebook, e Couchsurfing, para acompanhar os próximos eventos que acontecem na capital.
Lembrem-se: conhecer expatriados poderá ajudá-los a obter informações privilegiadas sobre os melhores empregadores, oportunidades de networking e dicas sobre como fazer negócios na Rússia.
Quer receber as principais notícias sobre a Rússia em seu e-mail?
Clique aqui para assinar nossa newsletter.
Autorizamos a reprodução de todos os nossos textos sob a condição de que se publique juntamente o link ativo para o original do Russia Beyond.
Assine
a nossa newsletter!
Receba em seu e-mail as principais notícias da Rússia na newsletter: