Edifício central da Estatal de Moscou, fundada em 1755
ReutersCandidatar-se a um curso na Universidade Estatal de Moscou Lomonossov (MGU), a mais antiga do país, parece intimidante.
Além de ser a única russa entre as 100 melhores universidades no recém-publicado ranking QS World 2017, é a mais antiga e uma das maiores instituições de ensino superior do país.
Porém, a universidade oferece aos estudantes uma série de cursos exclusivos – desde a aprender hackear a viajar pela Rússia de graça – que fazem valer a pena embarcar no difícil processo de admissão da Estatal de Moscou. Veja abaixo os cincos cursos mais inusitadas da MGU:
Hacker profissional
Se hackers russos se envolveram na política interna dos EUA ou não, não dá para negar que sua proeza cibernética é conhecida no mundo inteiro. Para entrar nesse segmento, candidate-se à Faculdade de Matemática Computacional e Cibernética.
Em março passado, uma equipe de estudantes da universidade, chamada “Bushwhackers”, ganhou a maior e mais longa competição de hackers educacionais do mundo – a UC Santa Barbara iCTF.
No mês seguinte, o mesmo grupo venceu uma competição de segurança cibernética na cidade russa de Iekaterinburgo, ao derrotar times da Áustria, Alemanha, Itália e Suíça.
Lançamento de satélite
As conquistas da indústria espacial russa também são famosas no mundo todo. Para fazer parte desse setor dinâmico, nada melhor do que ingressar na Estatal de Moscou – a única universidade do mundo que pode produzir e lançar seus próprios satélites.
Neste ano, a MGU abre uma nova faculdade para pesquisa espacial, que irá ensinar aos alunos de temas como buracos negros ao comportamento humano na ausência de gravidade. Serão oferecidos cursos de mestrado, e os especialistas passarão por treinamento para integrar o programa de satélites da MGU.
O mais recente satélite produzido pela universidade chegou à órbita no ano passado e é agora monitorado por estudantes e funcionários acadêmicos.
Em 2018, a universidade também planeja lançar um programa de graduação.
Fazer um curso na instituição pode ainda abrir portas para trabalhar com organizações parceiras da MGU, incluindo a corporação estatal Roscosmos.
Explorando o desconhecido
A Faculdade de Física da MGU já produziu oito vencedores do Prêmio Nobel e mais de 25 mil físicos. Além disso, os especialistas nesse campo da ciência não costumam ter dificuldade para encontrar emprego na Rússia ou em outro país. Há oportunidades em muitas áreas, incluindo saúde, economia, ecologia e energia nuclear.
Com base na experiência e nas conquistas dos físicos mais proeminentes da Rússia, é possível explorar temas como ondas gravitacionais, nanofísica e bioengenharia. Uma das conquistas mais recentes dos físicos da MGU foi o desenvolvimento de um novo metamaterial que permite a transferência super-rápida de informações em nanoescala.
Domínio de língua rara
Saber uma língua pouco comum contribui para o currículo. Suaíle ou tailandês, por exemplo, podem não ser idiomas muito difundidos, mas podem ajudá-lo a conseguir um emprego internacional ou oportunidades de viagem. Chinês, japonês e hindu são menos raros, mas igualmente úteis para chamar a atenção de potenciais empregadores.
O Instituto de Estudos Africanos e Asiáticos da MGU (IAAS) é um dos melhores lugares para aprender essas línguas. Vários políticos russos, jornalistas, diplomatas e até mesmo o assessor de imprensa do Kremlin, Dmítri Peskov, estudaram lá.
Se você é cidadão de qualquer país asiático ou africano, também pode solicitar um programa especial junto à IAAS para aprender russo por meio de sua língua nativa.
Desvendando a natureza e a vida selvagem russa
Interessado em viajar pela Rússia? Estude biologia ou geologia na MGU. Alunos e acadêmicos da universidade realizam viagens e expedições frequentes para estudar o patrimônio natural da vasta extensão russa.
O objetivo é não apenas observar animais mais raros na Rússia, mas também contribuir para o trabalho ambiental na região. Quem cursa geologia, pode ainda ter a chance de participar e analisar fósseis recém-descobertos, bem como aprender a localizar depósitos de minerais naturais e conduzir estudos sísmicos.
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