Diretor do Gogol Center é liberado após interrogatório

Polícia realizou buscas no Centro Gógol  e no apartamento de seu diretor artístico, Kiríll Serêbrennikov.

Polícia realizou buscas no Centro Gógol e no apartamento de seu diretor artístico, Kiríll Serêbrennikov.

Maksim Blinov/RIA Nôvosti
Diálogo esquenta no Kremlin após questionamento sobre situação.

O diretor de teatro e cinema premiado em Cannes Kirill Serêbrennikov foi liberado após interrogatório no Comitê de Investigação Russo em um inquérito de desvio de dinheiro público. Segundo o comitê, Serêbrennikov ainda é testemunha no caso e deve comparecer quando requisitado pelos investigadores.

Uma busca foi realizada na propriedade de Serêbrennikov na última terça-feira (23). Mais tarde, agentes de aplicação da lei afirmaram que a busca estava ligada a um inquérito de 2014 sobre o desvio de 200 milhões de rublos (3,5 milhões de dólares) designados pelo Estado para a promoção das artes.

Também foram executadas buscas no teatro do diretor e em diversos outros endereços ligados a ele.

Diálogo quente

Na própria terça-feira, figuras da cultura russa assinaram uma carta ao presidente Vladímir Pútin em apoio a Serêbrennikov.

Os signatários expressavam esperanças de que “a investigação seja conduzida de maneira objetiva e justa, sem crueldade excessiva quanto aos envolvidos, e sem interromper as atividades criativas do teatro, da trupe e do próprio Kirill Serêbrennikov”.

Serêbrennikov em entrevista no Gogol Center, em Moscou (Foto: Valéri Melnikov/RIA Nôvosti)Serêbrennikov em entrevista no Gogol Center, em Moscou (Foto: Valéri Melnikov/RIA Nôvosti)

O texto foi lido em frente ao teatro por Tchulpán Khamátova, atriz e cofundadora da instituição de caridade não governamental Podarí Jizn. Em 2012, Khamátova estrelou um vídeo promocional como parte da campanha “Por que voto em Pútin”.

Já na quarta-feira (24), o diretor artístico do Teatro das Nações, Evguêni Mirônov, fez um discurso de apoio ao diretor do Gogol Center ao presidente Pútin após uma cerimônia de premiação no Kremlin.

O repórter do jornal “Kommersant” Andrêi Kolêsnikov relatou que o diálogo esquentou no Kremlin então entre Pútin e Mirônov.

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