Mais da metade dos russos se consideram felizes, mostra pesquisa

Vontade poupar e investir também cresceu desde o ano passado

Vontade poupar e investir também cresceu desde o ano passado

Vladimir Pesnia/RIA Nôvosti
Apesar das dificuldades econômicas, índice de russos que demonstram otimismo subiu 5% desde o ano passado. Expectativa de melhorias econômicas permanece contida, porém.

Mais de metade dos russos (56%) se consideram felizes, enquanto apenas 5% dizem sentir o oposto, de acordo com um estudo do Romir, o maior instituto independente de pesquisa da Rússia. Um terço dos entrevistados disseram ser indiferentes.

Nos últimos três anos, o nível de felicidade entre os russos dobrou. Em 2013, apenas 24% demonstravam otimismo; em 2016, porém, esse índice já havia subido para 51%.

Segundo os pesquisadores do Romir, “o humor da crise começou [em 2013] a se refletir nas tendências do consumidor e nas atitudes pessoais dos russos”. 

Melhorias não esperadas

No que diz respeito ao bem-estar material, os russos que ganham um salário anual equivalente a pouco mais de US$ 10.000 geralmente não esperam melhorias na economia.

Em 2016, o índice de esperança econômica na Rússia caiu 20 pontos, de seis para 14 pontos negativos, de acordo com uma pesquisa da empresa americana de pesquisa de opinião Gallup Poll.

A queda se deveu, segundo os autores, a um declínio significativo do otimismo entre os russos: 17% em 2016, contra 33% no ano anterior. Além disso, 31% dos entrevistados acreditam que 2017 trará problemas econômicos significativos.

Em um estudo paralelo, o Banco Central da Rússia apresentou dados ligeiramente superiores sobre os “otimistas econômicos”. Ainda assim, “apenas 23% dos entrevistados acreditam que, nos próximos 12 meses, sua situação material irá melhorar”, lê-se no relatório “inFOM”, encomendado pelo banco.

O relatório, divulgado em janeiro passado, destaca que, com a queda do dólar e dos preços de imóveis, eletrônicos e roupas, os russos acreditam ser um bom momento para fazer compras. Vinte e três por cento dos inquiridos manifestaram ainda o desejo de investir e poupar, “que é o indicador mais significativo”, dizem os pesquisadores.

Mais do que dinheiro

O estado de felicidade pessoal depende não só do bem-estar material, mas também de cultura, mentalidade, tradições e história, diz Andrêi Milekhin, presidente do Romir.

“A Rússia é uma mistura tão grande de culturas, línguas, povos, tradições e histórias que os dados coletados dessa mistura fornecem um indicador médio em muitas questões”, explica Milekhin. “Mas, em geral, a felicidade existe onde há desenvolvimento e esperança, uma harmoniosa mistura de tradições e inovações.”

Com o site de notícias Gazeta.ru

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