Karaulova em audiência no Tribunal Militar do Distrito de Moscou.
Kirill Kallinikov/RIA NôvostiO Tribunal Militar do Distrito de Moscou condenou a quatro anos e seis meses de prisão a ex-estudante de filosofia Varvara Karaulova, 21, que tentou se unir ao EI (Estado Islâmico) em 2015 e foi capturada em território turco em rota para a Síria no mesmo ano.
Na última audição, na quarta-feira (21), Karaulova admitiu em tribunal ser culpada de tentar se unir ao grupo terrorista EI, disse que não pretendia lutar e pediu publicamente perdão aos pais e agradeceu ao tribunal por uma análise objetiva do caso.
Ela também disse que a tentativa de ir para o Oriente Médio foi o ápice da sua revolta adolescente, aos 19 anos, e que sua correspondência com um integrante do EI não era na busca de um membro da organização terrorista, mas em busca de amor.
"Entendo que meu amor era doentio, e esse é o primeiro passo para minha cura", disse.
Durante a sentença, proferida nesta quinta-feira (22) pelo juiz Aleksandr Ababkov, a acusada se mostrava tranquila e sorria. A mãe classificou a sentença como "exemplar".
O advogado de Karaulova disse que recorrerá da sentença.
Em 27 de maio de 2015, a estudante de filosofia da MGU Varvara Karaulova pagou um avião para Istanbul escondida dos pais e chegou a um QG do grupo no sul da Turquia. Ela foi capturada pelos serviços secretos em seguida, ao tentar atravessar a fronteira, e retornou a Moscou em 12 de junho de 2015. Em 28 de outubro, foi detida e em 10 de novembro, foi aberta oficialmente a acusação contra ela. De acordo com a acusação, Karaulova decidiu se afiliar ao EI e unir-se ao grupo "Badr".
Com o portal Gazeta.Ru e a agência Tass.
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