Dos crimes por corrupção em 2015, apenas 4,6% envolveram estrangeiros
KommersantCom base em estatísticas, pesquisadores do gabinete do procurador-geral da Rússia produziram um retrato do cidadão que dá e recebe propina.
Em ambos os casos, são geralmente homens entre 35 e 55 anos de idade, com nível superior completo e posição administrativa de nível médio, em uma empresa privada ou órgão do governo municipal ou regional.
Réus primários
Entre as medidas para se proteger, ao receber propina, os funcionários envolvem seus subordinados nas atividades, dando-lhes instruções.
Ainda segundo os pesquisador, em grande parte dos casos, os funcionários que recebem suborno são réus primários e, antes de seus casos serem descobertos, não são alvo de queixas dos superiores.
Já aqueles que dão propina, ocupam geralmente cargos de direção em organizações comerciais, e nem sempre trabalham na mesma empresa em nome da qual oferecem o suborno.
“Essas pessoas são muitas vezes filiadas com altos membros da organização que fornece e agem conforme suas instruções”, diz o relatório do gabinete do procurador-geral da Rússia.
Juventude corrupta
Com mais frequência do que os receptores, os doadores têm menos de 35 anos; em sua grande maioria, também têm nível universitário.
A pesquisa revela também que os empreendedores individuais estão raramente entre os que oferecem suborno, e que as propinas são, em geral, concedidas por diretores ou fundadores de organizações comerciais (e quase nunca por seus funcionários ou representantes).
Propina em números
A grande maioria dos envolvidos em casos de corrupção no país são os próprios cidadãos russos. De todos os crimes julgados por corrupção em 2015, apenas 4,6% envolveram estrangeiros.
De acordo com procurador-geral da Rússia, Iúri Tchaika, ao longo do ano passado, o suborno na Rússia girou em torno de valores não inferiores a 212 mil rublos (aproximadamente US$ 3.400).
Com o portal Gazeta.ru
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