Emelianenko, que é conselheiro do Ministro dos Esportes da Rússia, em um encontro sobre a pasta no Kremlin.
Mikhail Metzel / TASSA filha do campeão mundial de MMA Fiódor Emelianenko, Vassilissa Emelianenko, 16, foi espancada no centro de Moscou na última terça-feira (11), quando voltava da escola.
A opinião pública relacionou imediatamente o crime contra a adolescente com uma polêmica recente em que seu pai se envolveu ao condenar o incentivo a lutas infantis, largamente praticadas na república russa da Tchetchênia.
"O ataque pode ter ocorrido como um incidente cotidiano", disse uma fonte dos órgãos de aplicação da lei à agência de notícias Tass.
As fontes da Interfax também dizem não haver nenhuma prova que ligue o ataque com a atuação social ou esportiva de Emelianenko.
Segundo o jornal econômico Kommersant, um homem desconhecido bateu duas vezes na adolescente, uma delas, na cabeça. A garota então caiu e o homem pegou seu telefone.
A polícia afirma que o homem levou o celular para que ela não pudesse pedir ajuda. Passantes a auxiliaram, porém, e chamaram a ambulância.
De acordo com a agência de notícias R-Sport, um exame de corpo de delito em caráter de urgência confirmou o ataque e "contusão torácica e na cavidade abdominal".
Punição pelo pai?
O lutador Fiódor Emelianenko teceu, recentemente, críticas ferozes ao campeonato tchetcheno MAA Grand Prix Akhmat, em que crianças participam usando apenas luvas como equipamento de segurança.
Três filhos do líder tchetcheno Ramzan Kadirov participam do campeonato, entre eles Akhmat, de 10 anos, que nocauteou seu oponente após 14 segundos de luta.
Emelianenko acusou Kadirov de crueldade e ilegalidade na organização das lutas e, segundo se noticiou, passou a receber ameaças.
"Não quero nem pensar que isso tenha acontecido devido às declarações do Fiódor Emelianenko sobre lutas infantis e que a coisa possa ter chegado a esse ponto!", diz o chefe da Federação Esportiva de Lutas da Rússia, Mikhail Mamiashvili.
O porta-voz do presidente russo, Dmítri Peskov, também se pronunciou sobre o caso, pedindo que a população se abstivesse de fazer paralelos "até que se descobra quem executou o crime".
No site do governo da Tchetchênia, Kadirov exigiu que se encontrem os responsáveis pelo crime e que esses sejam julgados não apenas por espancamento, mas por incentivar a desunião étnica na Rússia.
Procurado pela reportagem, Emelianenko não quis se pronunciar.
Todos os direitos reservados por Rossiyskaya Gazeta.
Assine
a nossa newsletter!
Receba em seu e-mail as principais notícias da Rússia na newsletter: