Parte dos peixes é mantida em quarentena durante período de adaptação
Governo de UgráA cidade de Kogalim, a 2.200 km ao nordeste de Moscou, inaugurou na semana passada o oceanário Galáktika, com mais de 2.000 espécies marinhas exóticas distribuídos por 29 aquários.
Entre os animais importados da Nova Zelândia, Indonésia e Holanda, estão, além de inúmeros peixes, 18 tubarões e 17 raias, bem como polvos, crocodilos e moreias gigantes.
O espaço conta ainda com um túnel submarino que se estende por mais de 60 metros onde visitantes podem se sentir no fundo do mar e observar a vida dos habitantes das profundezas oceânicas.
Tratamento antiestresse
O principal lote de moradores do novo oceanário já foi transferido para o local, mas grande parte dos animais transportados ainda permanece em quarentena.
Isso porque algumas famílias de peixes ficaram estressadas durante a viagem prolongada e agora estão sendo submetidas a uma terapia pelos especialistas antes de serem alocadas nos aquários.
Enquanto isso, os administradores e cientistas do Galáktika estão empenhados em assegurar que os animais marinhos sejam recebidos em condições adequadas.
“É claro que manter esse tipo de aquários à beira-mar é bem mais fácil do que perto de um rio [Kogalim está situada entre dois rios], pois bastam algumas bombas potentes e uma pequena reserva de líquido. Mas aqui é preciso salinizar a água”, explica Vladimir Lagunov, diretor do oceanário.
Foram necessárias 125 toneladas de sal para que todos os aquários pudessem ser preenchidos e sua concentração na água fosse semelhante a dos mares e oceanos.
“Além disso, a água deve ser deixada em repouso para que os sedimentos se precipitem e deve ser então ionizada”, acrescenta Lagunov.
Complexo de quatro andares
O Galáktika faz parte de um empreendimento sem precedentes no norte do país, cujo projeto vem sendo desenvolvido por arquitetos da Nova Zelândia desde 2014.
Devido à sua magnitude, a inciativa exigiu um orçamento superior a 6 bilhões de rublos (mais de US$ 92 milhões), dos quais dois terços ficaram a cargo da petrolífera russa Lukoil e o restante foi assumido pessoalmente por seu presidente, Vaguit Alekperov, e pela fundação “Nache buduschee" (Nosso futuro), criada por ele com o objetivo de financiar programas sociais na região.
O complexo de quatro andares ocupa mais de 38 mil metros quadrados e pode receber mais de 2.000 visitantes simultaneamente.
Além da área com aquários do Galáktika, é composto por um parque aquático equipado com tobogãs e ondas artificiais para a prática de surf, e uma estufa com plantas tropicais.
Academia, parede de escalada, cafés, lojas e salas de cinema também estarão disponíveis, além de um parque infantil com área de animação e teatro.
Segundo a governadora do distrito autônomo de Ugra, Natália Komarova, trata-se do maior estabelecimento já construído nessa grande região da Rússia situada no norte dos Urais.
Floresta tropical em pleno inverno
A temperatura média anual em Kogalim, no extremo norte do país, é de apenas -2,5ºC.
Não é fácil viver e trabalhar sob tais condições, por isso, os idealizadores e financiadores acreditam que o novo complexo funcionará como uma válvula de escape para crianças e adultos na região.
“Agora, no meio do inverno setentrional, eles poderão descansar em uma verdadeira floresta tropical”, prevê Vladímir Nekrassov, primeiro vice-presidente da Lukoil.
Além do mais, graças ao projeto, cerca de 200 novos postos de trabalho irão surgir na cidade.
“A história de Kogalim começou a ser escrita há apenas 31 anos. É difícil imaginar que em outras épocas existiam aqui somente pântanos. Tudo o que a cidade e as pessoas possuem hoje é consequência do esforço daqueles que todos os dias trabalham de forma construtiva. Vocês estão realmente criando um bem enorme para Ugrá, para a Rússia”, disse Olga Golodets, vice-premiê para assuntos sociais do governo, durante a cerimônia de inauguração.
Com material do Departamento de Relações Públicas e Internacionais de Ugrá.
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