Celebração do Dia da Bandeira Nacional, em Stavropol
ReutersO orgulho dos russos em relação ao país de um modo geral, e sobretudo à Rússia contemporânea, apresenta grandes diferenças, segundo revelou um novo estudo elaborado pelo instituto independente de pesquisa Centro Levada, em Moscou.
Ambos aumentaram significativamente desde 2014 de março, após a reintegração da Crimeia, mas o orgulho nacional, independentemente da época, continua sendo o mais forte. Segundo a pesquisa, 80% nutrem tal sentimento, e o número praticamente manteve-se inalterado nos últimos dez anos de estudos do Levada.
Paralelamente, o orgulho pela Rússia contemporânea disparou de 48% em 2006 para 68% em 2016. A maior taxa de crescimento foi registrada em 2014, como resultado da crise ucraniana e da reintegração da Crimeia. O índice saltou então de 53% para 69%, atingiu seu auge de 70% em 2015, e voltou a cair para 68% este ano.
Motivos de orgulho
Os motivos pelos quais os russos sentem orgulho do país também não apresentou mudanças consideráveis ao longo da última década. As principais razões apontadas são: história (44%), abundância de recursos naturais (38%) e forças armadas (36%).
Embora citados, economia, educação, sistema de saúde e os próprios russos são secundários na avaliação dos respondentes, segundo o relatório do Levada.
Orgulho por conquistas esportivas e pela posição da Rússia no cenário global foram, porém, os que menos apontados desde 2015, devido ao escândalo de doping envolvendo atletas russos e às tensões nas relações com EUA e União Europeia.
Além disso, o índice de pessoas que dizem ter orgulho da Rússia por causa de sua extensão cresceu de 9% para 21%, o que, segundo os autores, revela “a importância do fator territorial para a identidade nacional de um número significativo de russos”.
Grande potência
O conceito que define “grande potência” parece, no entanto, ter mudado no último ano, com muitos cidadãos priorizando a força militar (48%).
Embora, em 2015, 58% dos entrevistados vissem a Rússia como uma grande potência por causa do bem-estar da população e do potencial econômico do país, esses fatores foram citados por apenas 39% dos respondentes em 2016. O número de russos que pensam que os direitos civis e a liberdade (10%) são razões importantes para considerar seu país “grande” também foi o menor registrado.
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