Governo do Uzbequistão, um dos países com maior proporção de escravos, obriga cidadãos a participar de colheita de algodão
Aleksêi Kudenko/RIA NôvostiCerca de 45,8 milhões de pessoas em todo o mundo vivem em condições modernas de escravidão, informou o grupo de direitos humanos The Walk Free Foundation, em relatório divulgado na terça-feira (31). Este número representa um aumento de 28% em relação à última estimativa, em 2014.
O documento Índice Global da Escravidão 2016 estima que a Rússia tenha quase 1,5 milhão de pessoas em condições análogas à de escravos, o que representa 0,73% da população russa e confere ao país a 16ª posição no ranking, entre 167 nações ao redor do globo.
Já o Brasil, com 161 mil pessoas vivendo em tais condições, está na 151ª posição, atrás apenas dos Estados Unidos e do Canadá nas Américas.
O estudo demonstra ainda que mais da metade (58%) das pessoas que vivem como escravos modernos estão concentradas em cinco países: Índia, China, Paquistão, Bangladesh e Uzbequistão.
Alguns desses países oferecem mão de obra barata para a fabricação de produtos para os mercados da Europa Ocidental, Japão, América do Norte e Austrália, alegam os autores do levantamento internacional.
Em termos proporcionais, o país que mais possui escravos modernos em sua população é, em primeiro lugar, Coreia de Norte, seguido por Uzbequistão, Camboja, Índia e Qatar.
Segundo dados fornecidos pela organização, há evidências do uso de trabalho forçado na Coreia do Norte em uma vasta rede de campos de trabalho. Além disso, mulheres norte-coreanas são vendidas na China e em outros países vizinhos para se casar à força.
Luxemburgo, Irlanda, Dinamarca, Suíça, Áustria, Suécia e Bélgica figuram entre os países com os níveis mais baixos de escravidão moderna em relação a sua população.
O aumento no índice geral foi atribuído pela The Walk Free Foundation ao aperfeiçoamento da coleta de dados e da metodologia de pesquisa, não sendo possível afirmar se a escravidão está aumentando ou diminuindo.
Com material do portal Gazeta.ru
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