Queda de avião da EgyptAir não altera atual proibição de voos, diz Kremlin

Guichê da Egyptair no aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, foi tomada por familiares e jornalistas

Guichê da Egyptair no aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, foi tomada por familiares e jornalistas

Reuters
Conexões aéreas entre Egito e Rússia estão suspensas desde novembro passado, após atentado que matou 224 pessoas a bordo. Situação em relação à França também dependerá de conclusões da investigação, afirma diplomata russa.

Ainda é cedo para dizer como o incidente com o voo 804 da EgyptAir, que caiu no Mediterrâneo nesta quinta-feira (19), irá afetar as perspectivas de retomar as conexões áreas entre a Rússia e o Egito, disse o porta-voz do Kremlin, Dmítri Peskov.

“Agora é impossível falar sobre isso. Não sabemos qual foi a causa da tragédia”, disse Peskov aos jornalistas. “Na verdade, apenas o local do acidente do avião foi encontrado, portanto, seria absolutamente errado falar qualquer coisa agora.”

Segundo Peskov, o presidente russo Vladímir Pútin lamentou a queda do avião egípcio. “O Kremlin e o presidente Pútin prestam profundas condolências pelo acidente”, disse Peskov.

A aeronave A320 com 66 passageiros e tripulantes a bordo decolou nesta madrugada de Paris e desapareceu dos radares a cerca de 11.000 metros 20 minutos antes da hora programada para o pouso no Cairo.

Após o presidente francês François Hollande confirmar a queda do avião, os destroços foram encontrados na região das ilhas gregas de Karpathos.

O ministro da Aviação Civil egípcio, Sherif Fathi, disse em uma entrevista coletiva não descartar a ocorrência de um ataque terrorista a bordo.

Questionada sobre uma possível suspensão dos voos entre a França e a Rússia, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakhárova, destacou a importância de aguardar o término da investigação.

“Primeiro, temos que obter informação credível sobre o que aconteceu lá. Então iremos tirar conclusões”, disse Zakhárova à rádio Govorit Moskva.

Egito proibido

Em 31 de outubro, um avião da Kogalimavia (conhecida como MetroJet), que seguia de Sharm-el-Sheikh para São Petersburgo, caiu na Península do Sinai, no Egito. Todas as 224 pessoas a bordo morreram no acidente.

Desde então, sob recomendação do Serviço Federal de Segurança, as conexões diretas entre os países foram suspensas por tempo indeterminado

O chefe do Serviço Federal de Segurança da Rússia, Aleksandr Bortnikov, informou a Pútin, em meados de novembro, que a explosão do avião havia sido causada por uma bomba com o equivalente até 1 kg de TNT.

Com material da agência de notícias Tass

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