Queda de aeronave levou à morte de todas as 62 pessoas a bordo.
Sergey Pivovarov/RIA NovostiA investigação russa teria chegado a novas pistas no acidente com a aeronave da FlyDubai que caiu no dia 19 de março em Rostov-no-Don, na Rússia. De acordo com uma fonte que não quis ser identificada do jornal russo Kommersant, o acidente foi causado por erro dos pilotos.
Na ocasião, a aeronave teve que abortar o pouso pela segunda vez devido ao mau tempo. O Kommersant diz que, devido às tufadas e mudanças constantes na direção do vento,o manete de potência automática não estava funcionando devidamente. Assim, o comandante decidiu controlar a pilotagem.
De acordo com as gravações, um dos pilotos acionou o botão TOGA (Take off. Go around) a seis quilômetros da pista de aterrissagem, a uma altura de 270 metros.
Depois disso, um dos tripulantes deu o comando de sistema para erguer a aeronave e fazer círculos. Outro tripulante desligou o piloto automático e tomou o controle do avião. Nas dadas circunstâncias, porém, os pilotos teriam que dar uma arfada (ângulo de inclinação do nariz do avião) por meio do equipamento de bordo.
De acordo com a investigação, a tripulação cometeu um erro no momento de transição da aterrissagem para a ascensão do avião. O guidão de altura foi desviado no mergulho do voo, e o estabilizador da cauda funcionava na direção inversa, afetando no nariz da aeronave.
Ao sair para um novo círculo em piloto automático, o sistema muda, suavemente, a posição de todos os guidões. E, apesar da mudança para o modo manual, um dos pilotos deu um puxão forte no volante em direção a si. Como consequência, o Boeing empinou para cima.
Qusndo o avião chegou a um ângulo crítico de altura, a velocidade começou a cair rapidamente, e um conflito entre os pilotos tomou a cabine.
Segundo o Kommersant, o piloto encarregado aumentou bruscamente o modo de funcionamento dos motores durante sua atuação, enquanto seu colega começou a baixar o nariz do avião. Nesse momento o segundo piloto começou a gritar ao colega: "Pare! Onde você vai? Pare! Pare!", enquanto tentava desligar o equipamento de altura, empurrando seu guidão.
Especialistas em avião afirmam que a ação contrária em ambos os guidões levou à "quebra" da direção e ao mergulho da aeronave.
Quando os pilotos conseguiram chegar a um consenso, já era tarde: a aeronave descia a 325 km/h a um ângulo de quase 45 graus.
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