Banqueiro russo pode admitir espionagem nos EUA

Segundo agência, documento liberado por procuradoria dá indícios de que acusado reconhecerá culpa em caso de espionagem.

Segundo agência, documento liberado por procuradoria dá indícios de que acusado reconhecerá culpa em caso de espionagem.

Reuters
Evguêni Buriakov comparecerá a tribunal nos EUA nesta sexta-feira (11). Ele e dois diplomatas são acusados de recolher informações para órgãos de segurança russos sobre possíveis sanções norte-americanas, além de aliciar cidadãos.

O cidadão russo e presidente do Vneshekonombank nos Estados Unidos, Evguêni Buriakov, 41, pode admitir sua culpa nas acusações de espionagem contra os EUA, de acordo com a agência Reuters.

O banqueiro foi detido sob suspeita de espionagem em Nova York no final de janeiro de 2015 e acusado no início do mês seguinte. A Reuters cita um comunicado emitido pela procuradoria no qual foi usada formulação comum a depoimentos onde há prontidão do acusado em reconhecer a culpa. Buriakov deve comparecer ao tribunal nesta sexta-feira (11).

De acordo com o governo norte-americano, Buriakov era agente do Serviço de Inteligência Exterior da Rússia (na sigla em russo, SVR) e trabalhava sob o disfarce em Manhattan.

Junto a dois compatriotas, Ígor Spôrichev e Víktor Podôbni, ele supostamente reunia informações sobre as possíveis sanções dos EUA contra bancos russos e sobre projetos dos EUA no setor de energia alternativa, além de aliciar moradores de Nova York.

Spôrichev e Podôbni eram adidos comerciais da Rússia em Nova York e attache da representação permanente da Federação da Rússia na ONU. No momento da acusação, porém, eles já não se encontravam no país. A acusação foi feita, portanto, 'inabsentia'.

O FBI publicou anteriormente um documento que atesta que Buriakov e os diplomatas eram vigiados desde 2012. Os relatórios mostram um amplo uso de mensagens codificadas pelos acusados, apesar de Spôrichev falar claramente a outro agente sobre seu contrato de cinco anos com o Serviço de Inteligência Exterior.

O documento também relata o modus operandi dos agentes, que recebiam informações com questões dadas pela "principal agência de informações estatal russa" - cujo nome não é especificado.

Quando o relatório foi divulgado, Buriakov negava culpa. Ele pode pegar 15 anos de prisão. O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia classificou o caso como uma campanha antirrussa e clama que Washington "pare com a série de provocações contra representantes russos".

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