País não teria focos naturais propícios a epidemia do vírus zika, diz ministra da Saúde
Kirill Kallinikov/RIA NôvostiEmbora as autoridades russas garantam que o zika não representa ameaça para o país, pelo fato de não haver condições prévias para a sua disseminação, a ministra da Saúde, Veronika Skvortsova, anunciou que a Rússia está desenvolvendo uma vacina que agiria especificamente contra esse vírus.
“Mantemos controle sobre ele [vírus zika] desde o momento em que apareceu. (...) Sabemos que tal epidemia não é uma ameaça para nós, mas devemos evitar. Devemos evitar a importação de casos individuais de infecção”, disse a jornalistas nesta quinta-feira (28).
Segundo a ministra, o país vem estabelecendo controle sobre voos dos 23 países onde o vírus já foi identificado. “De qualquer modo, o grupo de febres hemorrágicas não é típico para nós, porque não temos focos naturais que propiciam a sua propagação.”
Além de estudar novas estirpes do vírus, cientistas russos já iniciaram os trabalhos para a criação de medicamentos para prevenção e tratamento da infecção por zika.
“Estamos desenvolvendo vacinas, ou seja, medicamentos que nos permitam controlar essa infecção”, disse Skvortsova.
O Ministério da Saúde recebeu na quarta-feira (27) instruções do presidente Vladímir Pútin para evitar a propagação do vírus zika pelo território russo.
“Os mosquitos espalham [o vírus]; eles não vão voar através do oceano, mas pessoas infectadas podem e vão voar”, disse Pútin, em reunião com os membros do governo.
“Precisamos prestar muita atenção nisso (...) trabalhando com empresas de transportes, de aviação. Precisamos entender os sinais [da infecção] e responder prontamente”, acrescentou o presidente. “E, é claro, é necessário desenvolver drogas antivirais.”
O vírus zika já tem transmissão local em mais de 20 países ou territórios na América, África e região do Pacífico. A situação mais grave é registrada no Brasil, onde estima-se a ocorrência de quase 1,5 milhão de casos em 2015.
Em nota publicada na segunda-feira (25), a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para a disseminação do vírus por todos os países e territórios do continente americano onde há proliferação de mosquitos Aedes aegypti.
Até agora, a Europa registrou apenas casos individuais da doença em pessoas que haviam viajado para regiões afetadas. Autoridades de saúde divulgaram alertas e orientações sobre o perigo de visitas a tais localidades, sobretudo para mulheres grávidas.
Com material das agências Tass e Interfax
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