Crimeia espera “baby boom” graças a corte de luz

Número de famílias com três ou mais crianças na Rússia cresceu mais que 10% em um ano

Número de famílias com três ou mais crianças na Rússia cresceu mais que 10% em um ano

PhotoXPress
Prevendo possível explosão demográfica em 2016, autoridades local pede verba extra para reforma de maternidade. Crimeanos começaram a receber energia elétrica a partir da Rússia na quinta-feira (3).

Depois de grande parte da Crimeia permanecer mais de 10 dias sem luz, desde que rebeles ucranianos explodiram cabos de energia no final de novembro, as autoridades tentam encarar o lado positivo da falta de energia elétrica na península.

“Em 2016, por causa dessa situação que estamos, vai simplesmente haver uma explosão demográfica”, declarou Andrêi Filonov, chefe da administração do município de Ievpatoria, citado pela agência Interfax.

Para lidar com o iminente “baby boom”, Filonov já solicitou ao primeiro-ministro da Crimeia, Serguêi Aksionov, verba extra para reformar a maternidade local.

“Muito bem. Você não está perdendo tempo. O presidente disse que precisamos duplicar a população”, respondeu Aksionov, também segundo a Interfax.

Antes de ser reintegrada à Rússia em 2014, a Crimeia recebia 80% da energia a partir de usinas nucleares ucranianas. 

Os moradores locais começaram a receber energia elétrica a partir do território russo na quinta-feira (3), graças a um cabo submarino que liga a península com a Rússia continental através do estreito de Kerch.

Somado às usinas elétricas de gás móveis, o sistema permite cobrir cerca de metade da demanda da península. A ponte de energia submarina entre a Crimeia e a área continental da Rússia começará a funcionar em plena capacidade até junho de 2016.

Nesta sexta-feira (4), o político crimeano Vladímir Konstantinov brincou que a eletricidade se tornou parte tão grande da vida dos locais “que os meninos deveriam receber o nome dos geradores de energia a diesel em uso por toda a península”.

“É um nome muito bom – Gerador Ivanovitch. Gena, abreviando. Não é de todo mau”, continuou.

 

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