Além do inglês, já obrigatório para os alunos, também estão em grande demanda na Rússia idiomas como alemão, espanhol, chinês e francês Foto: Shutterstock
Um estudo recente do Centro Russo de Análise da Opinião Pública revelou que 92% dos russos acreditam na necessidade de aprender línguas estrangeiras na escola. Nas maiores cidades russas – Moscou e São Petersburgo –, esse índice chegou a 98%.
A pesquisa também mostrou que 74% da população tem certeza de que seus filhos e netos terão a necessidade de falar línguas estrangeiras no futuro.
Entre línguas consideradas mais úteis figuram inglês (92%), alemão (17%), chinês (15%) e francês (10%); já as menos procuradas são italiano, árabe e finlandês (1% cada).
A pesquisa do Centro de Opinião Pública foi realizada com 1,6 mil moradores de 130 cidades da Rússia.
Trabalho à vista
A diretora do departamento de línguas estrangeiras na Escola Superior de Economia, Irina Iakucheva, confirma os dados apresentados pelo estudo. Além do inglês, já obrigatório para os alunos, também estão em grande demanda na Rússia idiomas como alemão, espanhol, chinês e francês.
“Desde a criação do nosso departamento, a procura muda a cada ano. Os estudantes podem escolher entre oito opções de segundo idioma: árabe, japonês, chinês, espanhol, alemão, francês, português e italiano. A competitividade é maior por alemão e espanhol”, diz a professora. “A língua mais nova para nós é o português. Precisamos atrair mais estudantes para esse idioma.”
Segundo ela, a família costuma influenciar a escolha da língua ser estudada. “Temos especialistas em economia que escolhem o alemão porque os laços econômicos entre a Rússia e a Alemanha sempre foram fortes. Assim, o trabalho está garantido.”
Viagens e memória
Além de fins profissionais, os motivos para os russos aprenderem línguas são os mais variados. Entrevistada pela Gazeta Russa, a estudante Nina, que fala razoavelmente alemão, espanhol, francês e italiano, destacou a vantagem de conversar com moradores locais durante suas viagens internacionais. “Não conheço tão bem todas essas línguas, mas os moradores locais me entendem e para mim isso é suficiente”, conta.
Já Semion começou a aprender espanhol quando ainda era estudante e decidiu continuar os estudos para treinar sua memória. “Estou fazendo aulas com o professor pelo Skype, assisto a filmes”, diz. “Quando eu era jovem tinha a memória melhor, mas não tinha vontade de aprender. Agora é o contrário.”
Publicado originalmente pelo Kommersant
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