Número de pessoas que demonstram vontade de sair às ruas para reivindicar questões políticas caiu nos últimos cincos anos Foto: RIA Nóvosti
De acordo com o instituto de pesquisa independente Centro Levada, o número de cidadãos russos que se dizem dispostos a participar de protestos caiu para 8% em pouco mais de 10 anos.
Em setembro de 2001, 17% dos respondentes, quando questionados se participariam de manifestações, responderam afirmativamente. Em agosto deste ano, o número de entrevistados que mostraram a mesma disposição foi de apenas 8%, quase metade do índice registrado também em junho passado (15%).
Ao perguntar sobre a possibilidade de realizar em sua cidade ou área rural, 17% dos russos responderam que seria “possível”, enquanto 78% consideraram “improvável”. Em setembro de 1999, 28% disseram que seria “bastante possível” e 55% afirmaram que seriam “pouco provável”.
O número de pessoas que demonstraram vontade de sair às ruas para reivindicar questões políticas caiu nos últimos cincos anos. De 13% em 2009, foi registrado apenas 7% em agosto passado. A quantidade de pessoas que se opõem a esses protestos permanece alta – 83% no momento, contra 75% em 2009.
O Centro Levada conduziu sua mais recente pesquisa sobre o assunto entre os dias 22 e 25 de agosto, envolvendo 1.600 pessoas de 46 regiões da Rússia. A margem de erro não excede 3,4 pontos percentuais.
Paz nas ruas
Os ativistas da oposição planejam realizar a “Marcha da Paz” em Moscou e em outras cidades russas, como Iekaterinburgo e Novosibirsk, no próximo dia 21 de setembro. Para realizar o protesto na capital, cuja previsão é reunir 50.000 participantes, os organizadores entraram com um pedido junto à prefeitura.
Um funcionário do departamento de segurança da cidade informou que a rota proposta iria interferir no percurso da Maratona de Moscou, que acontecerá no mesmo dia. “Aliás, nenhuma ‘Marcha da Paz’ ou ‘Paz’ foram citadas no pedido. O objetivo anunciado é ‘expressar um ponto de visto sobre a violação dos direitos humanos e normas do direito internacional’, disse a fonte, acrescentando que nenhuma decisão foi tomada até o presente momento.
Publicado originalmente pela agência de notícias Itar-Tass
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