Imigrante que matou jovem no bairro moscovita de Biriuliovo é condenado a 17 anos de prisão

Zeinalov só foi preso em 15 de outubro Foto: AP

Zeinalov só foi preso em 15 de outubro Foto: AP

O assassinato do jovem no ano passado provocou protestos de grupos nacionalistas, que resultaram em distúrbios na região.

O Tribunal de Moscou condenou na segunda-feira (28) Orkhan Zeinalov, imigrante do Azerbaijão que assassinou um jovem russo no ano passado, a 17 anos de prisão em regime severo. Ocorrido em outubro de 2013, o crime causou revoltas nacionalistas no bairro moscovita de Biriuliovo, onde Iegor Scherbakov foi morto. Zeinalov também terá que pagar uma indenização de 3 milhões de rublos (cerca de R$ 189 mil) à família do jovem.

O crime, que fez do nome do bairro de Biriuliovo um termo pejorativo, aconteceu na madrugada de 10 de outubro de 2013. Iegor Scherbakov e sua namorada, Ksenia Popova, voltavam para casa quando passaram por Zeinalov, que estava bêbado e se dirigiu à moça de forma obscena. Os dois homens iniciaram uma briga e Scherbakov recebeu duas facadas, uma no coração e a outra na região lombar. O jovem foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.

Dois dias depois do assassinato, a casa onde morava Scherbakov foi o ponto de partida de um protesto de moradores do bairro e jovens nacionalistas. O movimento de moradores, insatisfeitos com a vizinhança de uma feira livre, onde predominantemente trabalhavam imigrantes da Transcaucásia, Cáucaso e Ásia Central, cresceu rapidamente, originando distúrbios e a destruição de carros e barracas que supostamente pertenciam aos imigrantes. Só foi possível interromper as desordens com a chegada de policiais. O incidente levou ao fechamento da feira, bem como a muitas demissões nos órgãos municipais e na polícia de Moscou.

Zeinalov só foi preso em 15 de outubro. Ele negou ser culpado do crime, alegando que no momento da morte de Scherbakov estava no subúrbio da capital, mas foi reconhecido pela namorada do jovem. Além disso, gravações de câmeras de vigilância e registros no telefone celular de Zeinalov apontaram sua participação no crime. Logo após a prisão, o acusado confessou o assassinato, mas mais tarde negou tal confissão e não cooperou com a investigação.

 

Publicado originalmente pela gazeta.ru


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