Mapas e folhetos estão disponíveis em inglês e chinês Foto: Getty Images/Fotobank
Estudantes voluntários vêm ajudando turistas que não falam russo a se movimentar pela capital russa, indicando bares, restaurantes, museus e outros serviços úteis.
Um pequeno grupo de estudantes se encontra em uma das ruas mais populares entre os turistas – a Arbat. Há outra equipe nas proximidades dos Jardins de Aleksandr. Quando pedi para os voluntários na Arbat me indicarem alguns bares inusitados, eles me aconselharam a andar pelas ruas de Chistye Prudy, onde, de fato, descobri a felicidade no bar Rock'n'Roll.
Facilmente reconhecíveis pela sua identificação e camisetas vermelhas e brancas com a inscrição “Welcome 2 Moscou”, esses jovens aproveitam a oportunidade de praticar suas habilidades de língua estrangeira (todos eles falam inglês, e alguns também francês) e de conhecer pessoas que vêm de todo o mundo para visitar a cidade.
“Estou estudando hotelaria e, na minha área, conhecimentos de inglês e relacionamento interpessoal são vitais. Estar aqui me permite melhorar nessas duas áreas”, conta Dasha, 19 anos.
A equipe, composta principalmente por mulheres, conta com cerca de 10 voluntários em torno dos 20 anos, com inglês avançado, e que unem forças para dar aos visitantes as informações de que precisam. “Estamos aqui todos os dias até 7 da noite. Se não é a nossa equipe, é outra; mas sempre tem alguém, faça chuva ou sol”, acrescenta Liza, líder do centro de informação da Arbat.
Os voluntários distribuem mapas da cidade, que destacam os principais pontos turísticos, além de folhetos que descrevem outras atrações, como atividades no rio, para que os visitantes possam ter uma ideia do que podem descobrir em diferentes lugares.
Esses folhetos estão disponíveis em inglês e chinês. Isso porque, em 2012, cerca de 200 mil turistas chineses visitaram a Rússia, contra 150 mil em 2010, de acordo com o Relatório de Turismo na Rússia, publicado pela Stark Turismo.
“Baseamos essa iniciativa no modelo que outras cidades do país vêm usando desde 2012”, diz Dasha. O serviço ajuda os visitantes de Moscou a obter informações e se guiar pela cidade, mesmo que os locais falem pouco ou quase nada de inglês, e a barreira da língua possa ser um obstáculo.
Além disso, Daria, estudante de linguística de 20 anos, garante que “esse programa nos permite servir como intérpretes se houver problemas com a polícia, apesar de, é claro, esperarmos que nada aconteça”.
O serviço pode ser bastante útil se sua carteira ou passaporte for roubado, por exemplo. No entanto, ao contrário do discurso oficial, não há nenhum sinal de “polícia turística” (oficiais treinados em línguas estrangeiras e técnicas de comunicação) para reforçar a segurança nessas áreas.
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