Iniciativa vai traçar formas de desenvolver o mercado literário nas diferentes regiões Foto: RIA Nóvosti
A reputação de longa data da Rússia como uma nação de leitores vem sendo questionada nas últimas pesquisas. A cota dos livros no volume total de consumo de mídia na Rússia chegou a índices tão baixos que a Rospechat (agência federal de Imprensa e Comunicação de Massa) está planejando criar um “mapa da literatura” até o final do ano.
“A ideia ajudará a traçar formas de desenvolver o mercado de livros nas diferentes regiões”, disse o vice-diretor da agência, Vladímir Grivoriev, à Itar-Tass.
Atividades em bibliotecas, museus, universidades, editoras e lojas serão mapeadas para a análise. Os dados coletados serão confrontados com os parâmetros de referência da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).
No ano passado, as vendas de livro na Rússia giraram em torno de US$ 2,3 bilhões e sequer foram compensadas pelo consumo de e-books, cuja “crescente popularidade também apresentara um sério risco de pirataria”, garantem os analistas da agência.
Segundo Grigoriev, os russos com 60 anos ou mais são os leitores mais ávidos, enquanto as habilidades de leitura se estreitam na faixa de idade entre 10 a 14 anos. “Estamos perdendo os leitores infantis”, acrescentou.
O vice-diretor da Rospechat acredita que os resultados vão ajudar a estimar o investimento administrativo e financeiro necessário para “garantir que a longa tradição do país em literatura não acabe em uma folha em branco”.
Publicado originalmente pela agência Itar-Tass
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