Prefeitura proíbe parada gay em Moscou pela nona vez consecutiva

Em 2010, Tribunal Europeu definiu proibição como "violação do direito à liberdade" Foto: AP

Em 2010, Tribunal Europeu definiu proibição como "violação do direito à liberdade" Foto: AP

Lei antigay e desordem pública foram citadas entre as causas para recusa. Ativista dos direitos LGBT prometeu seguir em frente com o evento marcada para 31 de maio.

As ruas do centro de Moscou não serão tomadas pela parada de orgulho gay em 2014, uma vez que as autoridades municipais se recusaram a sancionar o evento pelo nono ano consecutivo.

O conhecido ativista LGBT e organizador da parada, Nikolai Alekseiev, prometeu seguir em frente com o evento marcada para 31 de maio, mesmo sem permissão, de acordo com o portal de notícias Gay Russia. Alekseiev disse ao site que a proposta de desfile foi rejeitada com base na famigerada “lei antigay”, que proíbe a propaganda de relações sexuais não tradicionais para menores de idade.

Um porta-voz do escritório de eventos públicos do Departamento de Segurança Regional confirmou ao “The Moscow Times” por telefone que Alekseiev tinha tido permissão negada para realizar o desfile.

O porta-voz do departamento se absteve de explicar as razões específicas que sustentam a decisão, mas disse que os oficiais geralmente consideram uma variedade de fatores, incluindo preocupações de desordem pública e a lei de propaganda gay.

Batalha antiga

Antes da aprovação da chamada “lei antigay”, as autoridades de Moscou apontavam apenas para o potencial de desordem pública como motivo para rejeitar os pedidos para realização da parada do orgulho gay.

Frustrado com a recusa, Alekseiev chegou a desafiar as proibições pelo sistema judicial da Rússia.

Ao perceber que seus esforços eram em vão, o ativista se voltou ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos em três ocasiões diferentes, entre 2007 e 2009. O tribunal decidiu, em 2010, que as repetidas rejeições constituíam uma violação do direito à liberdade de reunião e de proteção contra a discriminação.

Alekseiev declarou estar preparado para tomar novas medidas legais a fim de contestar a recusa deste ano.

 

Publicado originalmente pelo The Moscow Times

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