Centros de Moscou oferecem apoio psicológico a pacientes com câncer

Nos últimos anos, também vem sendo observada a crescente demanda por apoio psicológico para pacientes e familiares Foto: RIA Nóvosti

Nos últimos anos, também vem sendo observada a crescente demanda por apoio psicológico para pacientes e familiares Foto: RIA Nóvosti

Tumores malignos permanecem em segundo lugar entre as principais causas de óbitos dos moradores da capital, perdendo apenas para as doenças cardiovasculares.

De acordo com dados oficiais, no ano passado foram registradas mais de 39.000 novos casos de câncer, dos quais cerca de 18.000 levaram a óbito. “A diferença entre a taxa de mortalidade no prazo de um ano e a taxa de mortalidade geral confirma a eficiência do diagnóstico precoce de tumores malignos que permite reduzir o número de óbitos”, explica Anatóli Makhson, chefe do departamento de oncologia de Moscou.

A prefeitura de Moscou alega que a maioria dos aspectos ligados ao diagnóstico e tratamento da doença na cidade segue os padrões mundiais. Enquanto as autoridades moscovitas dedicam 9% do PIB ao tratamento dessas doenças, as capitais europeias investem de 10 a 11%.

Também ao longo de 2013, o departamento oncológico municipal comprou novos equipamentos no valor total de 4,5 bilhões de rublos (cerca de 125 milhões de dólares), tornando a cidade uma referência nacional nessa área. Mas, apesar dos crescentes investimentos, os

“A emissão das receitas de medicamentos contendo substâncias ilícitas gera conflito entre os médicos que representam os interesses dos seus pacientes e o departamento de combate a drogas, cuja principal função é prevenir a dependência”, explica Leonid Petchatnikov, vice-prefeito de Moscou. “Esse aspecto causa certas complicações no processo de aquisição dos medicamentos para os pacientes oncológicos. Mas isso será facilitado por uma nova lei que simplificará a compra em casos mais graves.”

Segundo o projeto de lei em tramitação na câmara, a validade de receitas emitidas será prolongada para até 30 dias, assim como aumentará a quantidade autorizada de medicamentos a serem vendidos para um paciente e o número de farmácias onde os remédios estarão disponíveis. No momento, apenas 76 drogarias moscovitas incluem os remédios de venda restrita devido ao baixo custo e à necessidade de adquirir licença.

Batalha psicológica

Nos últimos anos, também vem sendo observada a crescente demanda por apoio psicológico para pacientes e familiares. “De acordo com as pesquisas dos especialistas europeus e americanos, 44% dos pacientes oncológicos que recebem todos os tratamentos necessários entram com um pedido de eutanásia causado pela depressão”, diz Natalia Ravkina, diretora de uma clínica psiquiátrica na capital.

Os primeiros psicólogos oncológicos já fazem parte do quadro médico de alguns hospitais municipais e, segundo o vice-prefeito da cidade, está sendo elaborado um plano de inclusão desses professionais em outros centros médicos da cidade. Existem atualmente oito centros que oferecem cuidados paliativos para 204 pacientes terminais. No futuro, é prevista a construção de novos centros desse tipo, que permitiriam ampliar a quantidade total de leitos em 840 unidades.

“Acredito que, nos últimos meses de vida, o paciente dever passar o tempo junto com a sua família, caso ela tenha a possibilidade de oferecer os cuidados necessários”, ressalta Petchatnikov, manifestando-se contra a eutanásia. “Independentemente das circunstâncias, um médico não pode facilitar a morte de um ser humano. Isso vai contra a profissão que ele escolheu.”

 

Publicado originalmente pela Rossiyskaya Gazeta

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