Aulas de internet ajudam idosos a interagir na realidade atual Foto: RIA Nóvosti
A aula de alfabetização digital para aposentados acontece na biblioteca. Voluntários do projeto social I.N.A.C se aproximam ora de um, ora de outro aprendiz, tentando explicar aquilo que há muito tempo fazem sem pensar. A tarefa da aula é criar uma conta de e-mail. Para tanto, vovós e vovôs escrevem tudo no caderno.
Para Liudmila Dmitrievna, que antes trabalhava como cardiologista, essa não é a primeira lição. Ela já tem uma conta de e-mail funcional, apesar de não ter dominado totalmente a visualização de mensagens, principalmente quando há arquivos anexos. O computar faz companhia para essa senhora que vive longe dos filhos. Nele, vê televisão e estuda línguas estrangeiras.
“Eu sempre sonhei com filologia. Minha professora era aristocrata e nos ensinava francês magnificamente. Eu tenho facilidade para isso, eu teria aprendido... Mas acabou que me tornei médica. Eu também queria aprender inglês”, diz Dmitrievna.
“Aliás, o que também me irrita terrivelmente é que eu não entendo metade das palavras que a juventude fala”, continua. “Todos esses blog, Twitter, like, nick...Eu me acostumei a estar sempre a par de tudo, e se sentir atrasada agora, não mesmo.”
Para a maioria dos participantes das aulas, o contato com os filhos é a primeira tarefa que o computador pode resolver. Mas os idosos também costumam utilizar serviços bancários pela internet para não esperar em filas, assim como escrevem para amigos nas redes sociais, veem notícias e programas que perderam na televisão. “As redes sociais ajudam a lutar contra a solidão”, conclui a cardiologista aposentada
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