Igreja Ortodoxa Russa sugere proibição de abortos subsidiados pelo governo

Na Rússia, o aborto é legal até a 12ª semana de gravidez Foto: PhotoXPress

Na Rússia, o aborto é legal até a 12ª semana de gravidez Foto: PhotoXPress

Religiosos querem alterar legislação para não compactuar com mulheres que cometem “ato imoral”. País tem o maior número de abortos por mulher em idade fértil do mundo.

A Igreja Ortodoxa Russa recebeu uma proposta dos legisladores de Samara, nas margens do Volga, recomendando a proibição de os abortos cujos custos são cobertos pelo orçamento federal.

“Não falamos sobre os abortos feitos em casos de necessidade médica”, disse o presidente do departamento de comunicação da Igreja, Vladímir Legoida.

“Isso também não significa que as mulheres estão proibidas do direito de realizar um aborto com seu próprio dinheiro”, disse ele. “A principal preocupação aqui é que os contribuintes russos, incluindo os fiéis ortodoxos, muçulmanos e judeus, entre outros, bem como os não fiéis para quem o aborto é inaceitável, não compartilhem a responsabilidade pelo ato imoral de tirar uma vida com aqueles que se atrevem a fazê-lo.”

Legoida propôs “canalizar o dinheiro poupado com a prestação desse serviço médico gratuito moralmente inaceitável para tratar as mulheres que prejudicaram a sua saúde por causa desse tipo de operação”.

Ainda segundo o representante ortodoxo, os esforços públicos devem obter um apoio mais forte no que diz respeito à “divulgação das consequências espirituais e médicas negativas do ato que priva os fetos de se desenvolver, bem como ao fortalecimento de valores familiares que cimentam as relações familiares”.

 

Publicado originalmente pela agência ITAR-TASS

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