Tolokonnikova teria como inspiração uma avó revolucionária, segundo pai de Pussy Riot Foto: RIA Nóvosti
Após greve de fome e uma carta aberta em que descreveu a realidade desumana na prisão, Tolokonnikova foi transferida da Moldova para a Sibéria. “Ela está sendo transportada com ‘guia pessoal do Serviço Federal de Execução de Penas’, que habitualmente se emite para terroristas e líderes de associações criminosas”, informaram os seguidores da ativista.
O local onde cumprirá o resto da pena está sendo mantido em segredo, mas suspeita-se que seja no presídio nº 50, em Níjni Ingach, um povoação perdido a 300 quilômetros de Krasnoiarsk.
“A avó da Nádia é uma pessoa de princípios, muito honesta, comunista, disposta a dar a vida por seus ideais. A neta sempre disse que gostava de ser como a avó”, disse Andrei Tolokonnikov, pai de Nadejda, ao jornal “Moskóvski Komsomolets”.
“Ela é ambiciosa por natureza. Sempre houve mulheres revolucionárias que serviram estoicamente uma ideia, que lutaram por seus direitos, que foram presas por suas convicções”, acrescentou.
O pai tem a certeza de que a filha foi levada para um estabelecimento prisional longínquo para ficar separada do mundo exterior. Apesar de elogiar a iniciativa da filha, Andrei tem esperança de que ela largará as questões políticas na Rússia.
“Ficaria contente se ela emigrasse, por exemplo, para França, e se consagrasse como dissidente a causas sociais”, continuou. “Mas, pelo que eu saiba, ela não vai deixar a Rússia. Em vez disso, prosseguirá os estudos na Universidade de Moscou, para depois se dedicar à defesa dos direitos humanos”.
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