Ministério do Trabalho estimula transferência de mão de obra para o sul do país a fim de substituir trabalhadores estrangeiros nas Olimpíadas de Inverno Foto: Serguêi Mikheev / RG
Durante a fase de construção das instalações para as Olimpíadas de Inverno 2014, Sôtchi foi invadida por trabalhadores estrangeiros. Na época, o governador da região de Krasnodar, Aleksandr Tkachev, chegou até a admitir que a situação na cidade era tensa devido à presença de muitos imigrantes habitando os porões de prédios residenciais.
“Mas primeira e a mais difícil etapa do projeto olímpico foi cumprida”, garante Aleksandr Pakhomov, gerente de projetos da Adecco Group Russia, empresa responsável pelo recrutamento de pessoal para as instalações olímpicas. As vagas recém-abertas nos setores hoteleiro, turístico, de transporte e alimentação pública oferecem aos candidatos alojamento, benefícios sociais, aprimoramento profissional e reembolso de despesas de viagem.
A cidade de Sôtchi possui 360 mil habitantes e, para atender às necessidades das Olimpíadas, será necessário contratar 100 mil pessoas. “A cidade não pode satisfazer sozinha essa demanda, portanto, os trabalhadores estrangeiros estão sendo substituídos por pessoal de outras regiões, especialmente Rostov, Saratov e de Stavropol”, adianta Pakhomov.
No entanto, a busca por profissionais adequados nem sempre é uma tarefa fácil, sobretudo pessoas que dominem a língua inglesa. Pakhomov espera que, com a adesão do Ministério do Trabalho ao processo, o número de candidatos venha a aumentar. “Se conseguirmos informar melhor a população sobre as oportunidades, isso vai nos ajudar”, disse o gerente de projetos da Adecco.
De acordo com o Ministério do Trabalho, a maior demanda em Sôtchi é por arrumadeiras, cozinheiros, padeiros, barmans, garçons, porteiros, recepcionistas, carregadores de bagagem, bombeiros hidráulicos, motoristas, seguranças, jardineiros, vendedores e eletricistas.
“A decisão do Ministério do Trabalho resolve parcialmente o problema dos imigrantes ilegais nas instalações olímpicas”, aponta a diretora do Centro de Desenvolvimento da Escola Superior de Economia, Natália Akindinova. “A solução é boa, mas não poderá substituir por completo a mão de obra estrangeira.”
Publicado originalmente pelo RBC Daily
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