Protestos anti-imigrantes tomam as ruas de várias cidades russas

Outras manifestações em apoio dos moradores de Biruliovo também foram planejadas nas cidades de Stávropol, Rostov-no-Don e Tula Foto: Reuters

Outras manifestações em apoio dos moradores de Biruliovo também foram planejadas nas cidades de Stávropol, Rostov-no-Don e Tula Foto: Reuters

Conflito que eclodiu na capital tomou novas proporções à medida que notícia foi se espalhando via internet. Manifestantes pedem revisão de política migratória do governo.

O conflito que eclodiu em Moscou no último fim de semana  fomentou atitudes negativas dos russos para com os imigrantes, e novas manifestações em apoio dos moradores do bairro de Biruliovo aconteceram nas cidades russas de Saratov, Krasnodar, Omsk, Volgogrado e Ástrakhan. A principal reivindicação tem sido a revisão da política migratória do governo.

“A tensão começou a surgir nas regiões e chegou a Moscou. O problema gerado pela imigração ilegal está em fase avançada. Portanto, o conflito em Biruliovo continuará se desenvolvendo”, explica Aleksêi Skópin, diretor do departamento de geografia econômica da Escola Superior de Economia.

Segundo ele, a situação de Biruliovo foi a última gota em relação à corrupção na área de emissão de licenças para o trabalho em favor de imigrantes ilegais. “Enquanto a ordem não for reposta nessa área, a situação vai piorar. Comprando o direito de estar no país, o imigrante ilegal pensa comprar também a indulgência. Como resultado, as pessoas se veem obrigadas a manter a ordem nas ruas por conta própria”, acrescenta Skópin.

O presidente da Associação dos Veteranos "Alfa" e vereador da câmara legislativa de Moscou, Serguêi Gontcharov, acredita que a expansão do conflito foi possível devido à internet. “Na internet, são muitos os apelos para ir às ruas. Além disso, Moscou como capital do país dá o tom a outras cidades. Portanto, é lógico as pessoas nas regiões reagirem ao que está acontecendo na capital”, diz o vereador.

Entre as medidas propostas para solucionar o caso, Skópin acredita que a adoção de um regime de vistos com os países da Ásia Central poderia ser uma boa saída. “Trinta por cento dos imigrantes presentes atualmente no país seriam suficientes para atender às necessidade da Rússia em termos de mão de obra estrangeira”, diz ele.

Outras manifestações em apoio dos moradores de Biruliovo também foram planejadas nas cidades de Stávropol, Rostov-no-Don e Tula. 

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