Estudantes e mulheres desempregadas são os mais atraídos por condições melhores no exterior Foto: ITAR-TASS
Quarenta e cinco por cento dos estudantes russos e cerca de 38% dos empresários gostariam de deixar a Rússia, de acordo com uma pesquisa divulgada pelo Centro Levada na última quinta-feira (6).
No total, 22% de todos os entrevistados disseram que gostariam de emigrar para outros países que não fossem as ex-repúblicas soviéticas, enquanto cerca de 70% disseram que pretendem permanecer na Rússia.
No ano passado, um estudo semelhante conduzido pelo instituto indicou que o mesmo número de pessoas estavam pensando em ir embora da Rússia, enquanto apenas 9% disseram pensar frequentemente na ideia.
O desejo de sair é mais forte entre os moradores de Moscou e outras grandes cidades (27%), e entre aqueles que apoiaram o bilionário russo Mikhail Prôkhorov (38%) nas eleições presidenciais, bem como os seguidores de Vladímir Jirinóvski, líder do Partido Liberal Democrata da Rússia (30%).
Aproximadamente 49% dos entrevistados disseram que gostariam de ir para o exterior tentar uma vida melhor. Desses, as mulheres desempregadas (68%) e estudantes (67%) são os mais atraídos pelas condições de vida nos países estrangeiros.
Cerca de 32% dos entrevistados disseram estar descontentes com a economia instável da Rússia, enquanto 31% afirmaram que gostariam de garantir um futuro melhor para os seus filhos.
Paralelamente, 18% têm vontade de fugir da “arbitrariedade que reina na Rússia”, enquanto outros 10% se mostraram insatisfeitos com a situação política no país. Apenas 14% disseram estar descontentes com as condições de negócios na Rússia.
De todos os entrevistados, menos de 1% disseram ter começado a preencher os documentos necessários para tornar seu sonho de emigração realidade.
Em uma pesquisa semelhante realizada pelo Centro de Pesquisa de Opinião Pública de Toda a Rússia (VTsIOM) em março 2012, 11% dos entrevistados afirmaram que gostariam de sair da Rússia, em comparação aos 22% em junho de 2011 e aos 16% em 1991 – ano em que a União Soviética chegou ao fim e a primeira vez em que o VTsIOM conduziu o estudo.
A pesquisa atual envolveu 1.600 entrevistados e foi realizada entre os dias 23 e 27 de maio em 45 regiões russas. A margem de erro é de 3,4%.
Com materiais da RIA Nóvosti e The Moscow News
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