Há cerca de 5 milhões de trabalhadores imigrantes na Rússia Foto: Vitáli Ankov/RIA Nóvosti
Os trabalhadores imigrantes da Ásia Central não devem ser estimulados a permanecer na Rússia, declarou o prefeito da capital Serguêi Sobiânin em entrevista ao jornal “Moskovskie Nóvosti” nesta quinta-feira (30).
“Para as pessoas que não falam russo direito e têm uma cultura diferente, é melhor viver em seu próprio país”, disse o prefeito em uma entrevista na qual também expressou hostilidade em relação à ideia de guetos étnicos. “Moscou é uma cidade russa e deve continuar assim. Não é uma cidade chinesa nem tadjique ou uzbeque.”
Sobiânin acrescentou que as pessoas de diferentes origens devem se integrar à realidade local. “Segregá-los [grupos étnicos] da sociedade e colocar culturas diferentes umas contra os outras é muito perigoso, especialmente em nossa cidade”, acrescentou o prefeito.
A capital russa, e o país como um todo, depende muito do trabalho de imigrantes, mas há ampla oposição em vários setores da sociedade a grandes fluxos de imigração.
Há cerca de 5 milhões de trabalhadores imigrantes na Rússia, dos quais cerca de 3 milhões são ilegais, informou o Serviço Federal de Imigração em março passado. A Rússia tem o maior número do mundo de imigrantes ilegais, o que representa quase 7% da população economicamente ativa do país, de acordo com um relatório produzido pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) em 2012.
As autoridades aprovaram uma lei em dezembro do ano passado que exige um nível mínimo obrigatório de proficiência na língua russa para os trabalhadores imigrantes em certas profissões, incluindo varejo e serviços públicos.
No início desta semana, o primeiro-ministro Dmítri Medvedev afirmou que a Rússia precisa rever as leis de imigração. “Precisamos transformar a imigração em um processo administrável”, disse.
A entrada de trabalhadores imigrantes é uma tendência que não é “nem positiva nem negativa, apenas faz parte da dinâmica social”, acrescentou Medvedev.
Publicado originalmente pela RIA Nóvosti
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