Foto: ITAR-TASS
A Rússia apresentou um desempenho negativo em três grandes classificações publicadas por importantes agências ocidentais nesta semana em virtude do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, celebrado na sexta-feira passada (3).
O presidente russo Vladímir Pútin se manteve no índice “Predadores da Liberdade de Informação” da ONG francesa Repórteres Sem Fronteiras. O relatório chama Pútin de “maníaco por controle” e acusa-o de oprimir o crescente movimento popular da Rússia, que representa a força motriz por trás dos recentes protestos anti-Kremlin.
O presidente divide a lista com 38 grupos e indivíduos, incluindo o novo presidente chinês Xi Jinping, o líder supremo da Coreia do Norte, Kim Jong-un, o aiatolá iraniano Ali Khamenei, a máfia italiana e o líder da Tchetchênia, Ramzan Kadirov.
A Rússia também ocupa a nona posição no ranking anual sobre impunidade produzido pelo Comitê de Proteção aos Jornalistas, com sede em Nova York, que lista os assassinatos não resolvidos de jornalistas.
Segundo o relatório divulgada na quinta-feira (2), 14 crimes envolvidos profissionais de imprensa permanecem sem solução na Rússia desde 2003.
Mas o documento também elogia a Rússia pelo “declínio generalizado da violência contra integrantes da imprensa e um punhado de processos parcialmente bem sucedidos envolvendo assassinatos de jornalistas”.
Nesse último caso, está incluindo o tiroteio de 2006 que resultou na morte da repórter investigativa Anna Politkovskaia. Um ex-policial foi condenado em dezembro por ajudar no assassinato, embora a investigação nunca tenha definido para quem ele estava trabalhando.
O ranking sobre impunidade de 2013 foi liderado pelo Iraque, seguido por Somália, Filipinas, Sri Lanka, Colômbia, Afeganistão, México e Paquistão.
Por fim, a Rússia caiu quatro lugares para 176 dos 197 países analisados no ranking “Liberdade de Imprensa 2013”, da ONG norte-americana Freedom House.
O relatório, que foi lançado na quarta-feira (1), coloca a Rússia no grupo de países “não livres” e critica o controle governamental sobre os principais canais de televisão, além das leis draconianas sobre ONGs e difamação na mídia.
Os países líderes em liberdade de imprensa foram Noruega, Suécia, Bélgica, Finlândia e Holanda, enquanto a Bielorrússia, Cuba, Guiné Equatorial, Eritreia, Irã, Coreia do Norte, Turcomenistão e Uzbequistão apresentaram o pior desempenho.
As autoridades russas se abstiveram de comentários sobre as avaliações divulgadas.
Publicado originalmente pela RIA Nóvosti
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