Assad teria rejeitado resolutamente proposta, divulgou FT
AFP/East NewsO porta-voz do presidente russo, Dmítri Peskov, negou a informação de que Vladímir Pútin tivesse enviado um oficial sênior de inteligência para Damasco no final do ano passado a fim de pedir ao presidente sírio, Bashar al-Assad, que renunciasse ao cargo.
“Não, isso não aconteceu”, disse Peskov à agência de notícias Tass.
Em uma matéria publicada pelo Financial Times na sexta-feira (22), fontes da inteligência ocidental detalham uma suposta missão do coronel-geral e diretor da agência de inteligência militar russa, Ígor Sergun, à capital síria.
Segundo o jornal, Sergun, que faleceu no início de janeiro, teria se encontrado dias antes com Assad e transmitido a mensagem de Pútin sobre a necessidade de ele deixar o cargo. “O presidente sírio rejeitou resolutamente a proposta”, lê-se na publicação.
Moscou entrou no conflito sírio no final de setembro, fornecendo apoio aéreo ao Exército sírio. A posição da Rússia, que sempre defendeu a legitimidade de Assad no poder, é criticada pela aliança liderada pelos EUA, que o vê como parte do problema.
Alguns observadores alegam, contudo, que a liderança russa estaria repensando seu posicionamento em relação à permanência de Assad no governo de Damasco.
Em entrevista recente ao jornal alemão “Bild”, Pútin declarou que conceder asilo ao líder sírio na Rússia seria muito mais fácil do que abrigar o ex-agente da inteligência dos EUA Edward Snowden, embora considere “uma questão prematura”.
O presidente russo acrescentou que, antes de discutir tal possibilidade, é necessário que a população local expresse suas vontades por meio de um processo eleitoral. “Se isso for feito de forma democrática, talvez ele não tenha que ir a lugar algum. E nem importará se ele continuar sendo o presidente”, disse.
O Ministério da Defesa russo se recusou a comentar a publicação britânica.
Com material do jornal RBC Daily
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