Stoltenberg presidiu encontro que definiu avanço da Otan nos Países Bálticos e na Polônia
ReutersEm discurso na abertura da cúpula de ministros da Defesa da Otan, na quinta-feira passada (8), o secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg, saudou a decisão do Reino Unido de enviar soldados pelo sistema rotativo para os Países Bálticos e Polônia. O ministro da Defesa britânico, Michael Fallon, informou que serão posicionados 100 soldados na região.
Stoltenberg anunciou também a decisão de criar mais dois centros de comando na região, um na Eslováquia e outro na Hungria, além dos seis já existentes.
No encontro, a Otan aprovou um plano para estabelecer uma força de reação rápida, que pressupõe o aumento do contingente para 40.000 soldados. O secretário-geral justificou a necessidade de fortalecer as posições da aliança diante da crise na Ucrânia e da operação russa na Síria.
O reforço das operações em regiões próximas à fronteira russa foi criticado pelo assessor de imprensa do Kremlin, Dmítri Peskov, para quem o reforço se baseia em “pretextos inventados de uma ameaça fictícia, supostamente vinda da Rússia”.
As medidas tomadas pela aliança militar ocidental “levarão a respostas no mesmo nível”, acrescentou Peskov.
Com discurso mais enfático, o líder do Comitê para Assuntos Internacionais da Duma (câmara dos deputados na Rússia), Aleksêi Puchkov, disse que a “decisão da Otan de defender os Estados Bálticos contra ameaças por parte da Rússia é um teatro do absurdo".
A reação de Moscou será, porém, “tranquila e concreta, enquadrada nos limites da doutrina militar atual”, garantiu o vice-presidente do Comitê de Defesa do Senado russo, Frantz Klintsevitch. A resposta mais provável da Rússia será o aumento da concentração de forças nas fronteiras ocidentais do país.
Duelo de palavras
A campanha russa na Síria também foi tema de discussão em Bruxelas. Stoltenberg voltou a criticar Moscou, alegando que os principais ataques não estão sendo feitos ao Estado Islâmico, mas a “outros grupos de oposição”.
As ações de Moscou “terão consequências para a própria Rússia, que tem razão para temer ataques”, disse o chefe do Pentágono, Ashton Carter, em discurso no encontro. “Nos próximos dias, a Rússia irá começar a perder homens na Síria”, continuou Carter.
“Em suas avaliações sobre as mais variadas operações militares dos Estados Unidos por todo o mundo, os representantes do Ministério da Defesa russo nunca desceram ao nível de expressar publicamente expectativas sobre a morte de soldados norte-americanos, e muito menos da população civil dos EUA”, rebateu o porta-voz da pasta Igor Konachenkov.
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