Nova política dos EUA em relação a Cuba é ‘volta à Guerra Fria’, diz Rússia

Ao anunciar iniciativa, Trump sugeriu negociação entre governos de Washington e Havana

Ao anunciar iniciativa, Trump sugeriu negociação entre governos de Washington e Havana

Reuters
Declaração foi dada após Donald Trump cancelar medidas unilaterais de governo anterior em relação a Havana. Rússia reforçou oposição a sanções e bloqueios.

Moscou qualificou a nova política dos EUA em relação a Cuba como um “retorno à Guerra Fria”, em um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo no domingo (18). O Kremlin também reafirmou sua oposição a embargos, bloqueios e sanções contra Havana e destacou sua solidariedade inabalável para com a ilha.

A declaração veio após a decisão recém-anunciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, de cancelar as medidas unilaterais da administração norte-americana anterior para normalizar as relações com Cuba.

“O novo caminho anunciado pelo presidente dos Estados Unidos em relação a Cuba nos remete à retórica já quase esquecida da Guerra Fria”, lê-se no comunicado. “Essa abordagem caracterizou a postura dos EUA relacionada a Cuba durante décadas.”

Segundo o ministério russo, “quando a administração anterior em Washington fez mudanças consideráveis ​​no curso conduzido em relação à ilha, acreditamos que esta não era tanto uma manifestação da boa vontade de políticos individuais, mas um reflexo do fracasso da política de diktat e sanções contra este Estado pequeno e libertador (...) Parece agora que o discurso anticubano ainda está em alta”.

A chancelaria russa instou ainda a administração Trump a respeitar os resultados da votação sobre a resolução antibloqueio na Assembleia Geral da ONU, que confirma a posição da comunidade internacional sobre Cuba.

Trump anunciou na sexta-feira (16) que os Estados Unidos reforçariam sua política em relação a Cuba. O presidente americano também acusou o governo de Raúl Castro de fornecer armas para a Coreia do Norte e instigar tensões na Venezuela.

Em fala em Miami, onde vive uma grande diáspora cubana, Trump convidou o governo cubano a sentar à mesa de negociações para chegar a um acordo que se adeque aos interesses de Washington e Havana.

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