Soldados sul-coreanos observam imagens do lançamento de mísseis pela Coreia do Norte
APDe acordo com a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakhárova, Moscou está profundamente preocupada com os testes de mísseis da Coreia do Norte, uma vez que as ações agravam a situação.
“Nós estamos acompanhando de perto a situação na península coreana”, disse ela, a repórteres nesta quinta-feira (8). “Os testes de mísseis da Coreia do Norte, que foram intensificados recentemente, causam profunda preocupação. Estamos convencidos de que tais ações agravam a situação”, completou a diplomata russa.
Mais cedo, a Coreia do Norte disparou múltiplos mísseis a partir de Wonsan, na província de Gangwon. Segundo o governo sul-coreano, os projéteis de curto alcance voaram por 200 km (a uma altitude de 2 km) antes de caírem no mar do Japão.
Este é o quarto teste de mísseis realizado pelo país nas últimas cinco semanas, ignorando as ameaças de resposta militar dos EUA e as advertências da ONU.
A Rússia apoiou a resolução 2356 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, adotada em 2 de junho, impondo novas sanções a cidadãos e empresas norte-coreanas. “Confirmamos a nossa disponibilidade para cooperar com a comunidade global para resolver o problema nuclear e outros problemas relacionados à península coreana", disse Zakhárova. “No entanto, enfatizamos a nossa preocupação com os reforços militares dos Estados Unidos no nordeste da Ásia”, acrescentou.
“Isso não ajuda a criar condições para retomar o diálogo”, disse a porta-voz em crítica às propostas de Washington para resolver a situação na península coreana.
“Nós ouvimos declarações muito fortes, mas estão alinhadas a algumas promessas eleitorais e, portanto, lembram mais slogans do que os esforços diplomáticos”, disse.
“Gostaríamos, certamente, de discutir esse assunto com nossos pares nos EUA, mas, levando em conta o que está acontecendo atualmente em Washington, essa não é uma prioridade para eles, eles ainda não definiram suas próprias possibilidades.”
Para a diplomata, apenas negociações serão eficazes para solucionar os problemas enfrentados pela península, incluindo a questão nuclear.
“O uso da força não levará a lugar algum”, concluiu Zakhárova.
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