A reunião foi realizada apenas um mês após visita de Tillerson a Moscou.
ReutersEm visita a Washington nesta quarta-feira (10), o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia Serguêi Lavrov encontrou-se com o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson. A reunião foi realizada apenas um mês após visita de Tillerson a Moscou, em 11 de abril, quando esse encontrou-se não apenas com seu homólogo, mas também com o presidente russo, Vladímir Pútin.
Na capital norte-americana, Lavrov também encontrou-se com Tillerson e com o presidente Donald Trump. Para o diretor do Conselho Russo para Negócios Internacionais, Andrêi Kortunov, o encontro de Trump com Lavrov não é apenas um sinal de cortesia.
“A política externa dos EUA, apesar da importância do cargo do secretário de Estado, é feita pelo presidente. Acredito que Trump tenha alguma mensagem ao presidente Pútin que ele gostaria de passar pessoalmente, por meio do Lavrov”, disse Kortunov ao portal Gazeta.Ru.
Presidentes em Hamburgo
A conversa entre Lavrov e Trump durou quase 40 minutos, e um de seus principais resultados foi proferido pelo político russo em coletiva de imprensa: a confirmação de uma provável data para o primeiro encontro pessoal entre Pútin e seu homólogo americano.
De acordo com Lavrov, Pútin e Trump irão se encontrar durante a cúpula do G-20, no início de junho.
Lavrov ressaltou que, ainda antes do encontro, os chefes de Estado precisam trabalhar algumas questões, entre elas, a Síria. O objetivo é preparar para o encontro “resultados concretos e tangíveis”.
Relações bilaterais na mesa
Durante a coletiva, jornalistas americanos pergutaram se o trabalho do diretor do FBI, James Comey tem influenciados nas relações bilaterais entre os países.
Comparando a administração de Trump com a de seu predecessor, Barack Obama, Lavrov ressaltou que, no governo atual o diálogo russo-americano se liberta de ideologismos.
“Trump e sua administração são pessoas de ação, que querem chegar a um acordo”, disse.
Mas Lavrov e Trump não discutiram as sanções introduzidas pelas administração de Obama em dezembro de 2016.
Trump declarou estar satisfeito com o encontro e demonstrou ter esperança de melhoras as relações entre Moscou e Washington.
Mas em declaração oficial da assessoria da Casa Branca, o presidente norte-americano ressaltou que a Rússia precisa frear na Síria o regime de Assad e do Iran. “Ele [Trump] também levantou a possibilidade de uma cooperação mais ampla para a resolução de conflitos no Oriente Médio e em outros locais”, diz o comunicado.
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