Snowden está exilado na Rússia desde meados de 2013
ReutersA porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakhárova, anunciou à imprensa que a permissão de residência do ex-agente ex-funcionário da Agência Nacional de Segurança (NSA) Edward Snowden foi estendida até 2020.
O ex-agente, que vive em Moscou desde 2013, passou a ser procurado após vazar informações sobre programas de vigilância de serviços especiais norte-americanos. Snowden fugiu para Hong Kong e, sob risco de extradição, viajou a Moscou.
Depois do asilo temporário na Rússia, o ex-agente obteve permissão de permanência no país.
Um “presentão”
Em uma publicação no Facebook, Zakhárova criticou a recente declaração do ex-vice-diretor da CIA, Michael Morell, de que entregar Snowden para os EUA seria um “presentão” do presidente russo Vladímir Pútin para a posse de Donald Trump.
Na opinião da diplomata russa, a proposta de Morell é “uma ideologia de traição”.
O advogado de Snowden, Anatóli Kutcherena, também respondeu à sugestão do ex-vice-diretor da CIA. “No início, assim que Edward Snowden chegou à Rússia e assim que me tornei seu advogado, representantes da embaixada dos EUA vinham ao meu escritório 24 horas por dia, oferecendo a despachá-lo como bagagem, com um laço, e enviá-lo aos EUA”, disse o advogado, citado pela RIA Nôvosti.
Na primeira quinzena de janeiro, a petição pardonsnowden.org, que pede ao presidente americano Barak Obama para perdoar o ex-agente da NSA, ultrapassou um milhão de assinaturas. Snowden agradeceu ao apoio dizendo não ser “o fim de uma batalha, mas apenas o começo de um movimento”.
A Casa Branca, porém, alegou que o ex-funcionário da inteligência americana não apresentou os documentos necessários para ser perdoado.
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