Denúncia feita por líder oposicionista Aleksêi Naválni tem fotos como prova.
APA Fundação de Combate à Corrupção (FBK, na sigla russa), do líder oposicionista Aleksêi Navalni, publicou na terça-feira (1º) um documento que sugere o envolvimento da família do procurador-geral da Rússia, Iúri Tchaika, em casos de corrupção e com facções criminosas.
Os autores do documentam citam bens estrangeiros pertencentes à família de Tchaika, negócios ilegais na Grécia e no interior da Rússia, além de assassinatos e outros crimes.
O principal acusado no levantamento da FBK é o filho mais velho do procurador-geral, Artiom Tchaika. Ele teria colaborado com a ex-mulher do vice-procurador-geral, Olga Lopatina, que mantinha um negócio com as esposas dos líderes de um grupo criminoso em Krasnodar.
Essa informação é confirmada por “todo tipo de cópias de documentos” e bases de dados, afirmam os autores. Fotografias de telas do sistema Sparc e de outros documentos pertinentes foram anexadas à documentação do inquérito, que se arrastou por um ano e meio.
Na manhã desta quinta-feira (3), o filme de 40 minutos sobre os resultados da investigação da FBK já tinha sido visualizado por mais de 1 milhão de pessoas no YouTube.
“Encomendada e falsa”
Ao ser questionado sobre a reação do Kremlin ao material apresentado pela FBK, o porta-voz do presidente russo, Dmítri Peskov, respondeu que as autoridades “não viram” o vídeo.
“Não tivemos tempo, já que a prioridade agora é a preparação da mensagem do presidente à Assembleia Federal”, disse Peskov.
Procurador-geral da Rússia, Iúri Thaika, em reunião de cúpula do governo. Foto: Valéri Charifulin/TASS
Afetado diretamente pelas declarações envolvendo sua família, o procurador-geral da Rússia, Iúri Tchaika, definiu a investigação “encomendada e falsa”.
“Para mim, é óbvio que isso foi uma encomenda feita não com dinheiro dos executantes. Foi preciso muito dinheiro. As informações fornecidas têm um caráter deliberadamente falso e não têm qualquer fundamento. Está claro como água quem está por trás disso”, disse Tchaika, afirmando que “em breve” iria revelar o nome do mandante da investigação.
Em resposta, Naválni escreveu em sua conta no Facebook que a FBK entrará com uma ação judicial contra o procurador-geral para “proteção da honra, dignidade e reputação empresarial”.
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