“Vou entrar em contato com o presidente russo Vladímir Pútin para trazer à Venezuela pelo menos 12 novos Sukhôis, além desse [caça que caiu perto da fronteira com a Colômbia]”, declarou o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, após incidente no último dia 17.
O Su-30 venezuelano, com duas pessoas a bordo, caiu enquanto perseguia um avião não identificado, supostamente colombiano, que foi localizado violando o espaço aéreo, segundo informações do governo da Venezuela. A causa do acidente não foi revelada.
A queda aconteceu em meio a crescente tensão entre os vizinhos sul-americanos. Nas últimas semanas, a Venezuela fechou travessias fronteiriças na “tentativa de reprimir o crime”.
“Se nós não tivéssemos os Sukhôis, seríamos um paraíso aéreo para o narcotráfico colombiano”, disse Maduro. Segundo ele, o território no qual o avião entrou ilegalmente é conhecido pelo uso por máfias ligadas ao narcotráfico.
Em nota, o ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino, disse também que a Força Aérea do país continuará “voando implacavelmente (...) para garantir nossa soberania e independência, combatendo os flagelos do narcotráfico” e outros crimes cometidos na fronteira com o vizinho.
O analista militar independente Aleksandr Sukhanov discorda, porém, que o caça pesado Su-30 seja ideal para tais missões. “Não é muito racional usá-lo para interceptar aviões leves de contrabandistas e narcotraficantes. Um míssil lançado pelo Sukhôi pode custar mais do que um avião daquele contra o qual é lançado”, disse à Gazeta Russa.
“Para esse tipo de missão, os helicópteros são mais apropriados. Acredito que as aquisições sejam mais necessárias para manter a paridade militar com a Colômbia”, acrescentou.
O avião que caiu era um dos 24 caças de múltiplas funções Su-30 comprados por Caracas em 2006, após a recusa dos Estados Unidos a fornecer peças de reposição para os aviões norte-americanos F-16 que estavam então ao serviço do Exército da Venezuela.
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